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Através de uma ação pública, na qual fazem parte vídeos de youtubers mirins como Julia Silva, Felipe Calixto, Manoela Antelo, Gabriela Saraivah, Duda MG e o canal Vida de Amy, o Ministério Público do Estado de São Paulo solicitou que o Youtube retire os vídeos de crianças que fazem propaganda velada de brinquedos destinados ao público infantil.
A grande questão para o MP é que essas publicidades muitas vezes não são explicitas, os youtubers apenas aparecem abrindo brinquedos populares entre o público infantil, por exemplo, a boneca LOL. Cria-se um falso desejo nos inscritos, que admiram quem está gravando os vídeos e querem ter o mesmo que a outra criança tem. Eles ainda não tem completo discernimento, por isso é uma prática abusiva.
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“Diante do abuso propiciado pela publicidade indireta por meio da ação de youtubers mirins, a plataforma Youtube, que não é destinada a menores de 18 anos, mantém-se inerte em relação às comunicações mercadológicas abusivas praticadas em face do público infanto-juvenil, deixando diversas crianças e adolescentes expostas a estratégias abusivas de venda ao não adequar suas políticas de uso”, afirma o MP na ação.
Tudo começou com uma denúncia do Instituto Alana sobre uma campanha promovida pela Julia Silva, influenciadora digital de 13 anos, que incentivava os mais de 4 milhões de inscritos a cumprirem desafios envolvendo as bonecas Monster High. Os melhores iriam ser premiadas com as bonecas e teriam a chance de se encontrar com a dona do canal.
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O núcleo técnico do MP concluiu que não estava claro que era uma publicidade, já que a informação de propaganda não aparecia com clareza nos vídeos da menina.
O Ministério público pede que, além dos vídeos serem retirados do ar, que o Google impeça o Youtube de monetizar os vídeos que violam os direitos das crianças para que a plataforma não seja um meio possível de burlar as regras que já existem no mercado em relação a publicidade infantil.
A Mattel e a Candide, fábricas de brinquedos que estão envolvidas na ação, quando procuradas não se pronunciaram sobre o assunto e o Google informou que não comenta casos específicos.
Fonte: Pais & Filhos