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Uma infestação de plantas aquáticas que há cerca de 15 dias começou a cobrir uma grande área do Rio Tietê, em Anhembi (SP), vem causando prejuízos e atrapalhado a atividade dos pescadores que usam o local para sobreviver.
Cerca de 30 famílias que dependem da pesca não estão conseguindo trabalhar porque a navegação em meio à densa vegetação formada pelas plantas conhecidas como aguapé fica inviabilizada.
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Segundo os pescadores, o “tapete verde” atinge uma região do Tietê conhecida como Ponte Velha, nas proximidades do Parque Ambiental, justamente em um canal do rio onde é feita a atividade pesqueira. Eles estimam que já são cerca de três quilômetros de rio coberto pelos aguapés.
“Nossas famílias dependem do rio e os barcos não conseguem passar pelos aguapés. E nos trechos onde ainda é possível navegar, o rio está baixando de nível e logo também não conseguiremos passar. Se a gente tentar passar e quebrar uma hélice do motor fica uma nota para consertar”, diz a pescadora Amanda Aparecida de Camargo
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Especialistas consultados pela reportagem explicam que o fenômeno não é incomum e já aconteceu em outros anos. Segundo eles, essa vegetação pode surgir pela falta de chuvas, pelo excesso de poluição nas águas ou pelo despejo de fertilizantes ao longo do Tietê.
A Prefeitura de Anhembi informou que reconhece o problema e vem procurando meios de amenizar a situação.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Daniel Zago, a prefeitura vem entrando em contato com órgãos responsáveis porque qualquer intervenção em rios depende de autorização. Dentre esses órgãos estão a Marinha e a concessionária que administra barragens na região.
Em nota, a AES Brasil, concessionária que opera hidrelétricas do Rio Tietê na região, informa que “realiza, anualmente, o monitoramento remoto das macrófitas em seus reservatórios”.
A nota diz ainda que, no caso do reservatório da usina de Barra Bonita, que afeta o comportamento do rio na região de Anhembi, “é feito o manejo físico de macrófitas por vertimento controlado, ou seja, o pelo controle da vazão da água do reservatório através das comportas da usina”.
O secretário de Meio Ambiente de Anhembi diz que a operação de retirada dessa vegetação pode ser feita com rebocadores, para “descolar” parte dos aguapés, e de maquinários pesados, que tentam puxar as plantas para fora do rio.
Além da preocupação com os impactos econômicos para as famílias de pescadores que não conseguem trabalhar, Zago destaca que a situação cria um problema de saúde pública a partir do acúmulo de matéria orgânica perto da cidade, com risco de proliferação de mosquitos que transmitem doenças.
Fonte: G1