15 de novembro, 2024

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Pinguins da Antártida podem sumir até 2100 caso ritmo do aquecimento persista

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O degelo constante nos pólos do planeta vêm pressionando espécies, e uma pesquisa britânica mostra o peso disso sobre uma espécie icônica, o pinguim-imperador. Nativo da Antártida, esse animal pode desaparecer até o fim do século caso o ritmo do aquecimento global causado pelas atividades humanas não seja contido, alertam cientistas da British Antarctic Survey (BAS), braço de pesquisa na região polar da agência do governo do Reino Unido focada em pesquisa e inovação, a UK Research and Innovation.

O estudo aborda os desafios dos pinguins durante o ano de 2023, onde o continente enfrentou mais um período de degelo recorde. Isso impacta diretamente na reprodução da espécie, que usa a camada de gelo firme para criar seus filhotes até que tenham penas impermeáveis, o que vai possibilitar os jovens a darem seu primeiro mergulho no Mar Antártico.

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Sem gelo firme, os filhotes acabam isolados em icebergs, porções de gelo quebrado, e acabam morrendo de frio ou fome, prejudicando enormemente a perpetuação da espécie.

O monitoramento britânico conta 66 colônias de pinguins-imperadores na Antártida. Em 2023, em 14 delas, filhotes morreram em sua totalidade ou parcialmente. O saldo só não foi pior do que em 2022, quando 19 colônias perderam filhotes. A melhora nos números, segundo pesquisadores, indica que os animais estão se adaptando, movendo suas colônias mais ao sul, em busca de gelo firme e um futuro mais promissor.

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“Talvez cerca de meia dúzia de colônias que foram afetadas em 2022 mudaram seus locais de reprodução”, afirmou Peter Fretwell, oficial de informação geográfica na BAS, em conversa com a agência Reuters. O pesquisador monitora os movimentos das aves e as falhas reprodutivas através de imagens do satélite Sentinel-2 do Programa Copernicus, da União Europeia.

Nos últimos sete anos, a extensão do gelo marinho na primavera e no verão da Antártica caiu significativamente, com quatro dos recordes negativos registrados desde 2016. Os anos de 2022 e 2023 tiveram extensões baixas recordes de gelo marinho no verão e representam o primeiro registro de satélite desde 1979 em que a área de gelo marinho da Antártica caiu abaixo de 2 milhões de km², afirma o grupo de pesquisa britânico.

“À medida que o continente aquece, vemos o gelo quebrar mais cedo, levando a uma maior mortalidade de filhotes”, observa Fretwell, em entrevista ao jornal Daily Mail. “Com menos filhotes, é provável que, com o tempo, vários locais de reprodução atuais se tornem insustentáveis e a população global diminua”.

Fonte: Um Só PlanetaFoto: Um Só Planeta

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