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Após sofrer diretamente o impacto da crise econômica que atingiu o país a partir de 2015, Botucatu volta apresentar sinais de recuperação de riqueza e desenvolvimento. É o que constatou a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde verificou-se crescimento no índice do Produto Interno Bruto (PIB) do município.
Lançado no final de dezembro, o estudo faz uma projeção significativa da atividade econômica nos 5.570 municípios brasileiros, analisando aspectos como renda bruta, impostos gerados, bem como, a produção nos mais diversos segmentos produtivos (indústria, comércio, serviços e agropecuária). O PIB consiste na soma dos investimentos, gastos das empresas do setor privado e gastos dos governos e empresas públicas. A esse cálculo é acrescentada a diferença entre exportações e importações.
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Pelo levantamento do IBGE, o PIB botucatuense acumulado na pesquisa (com ano-base de 2017) foi de R$ 4,290 bilhões, ocupando a posição 222 em âmbito nacional e sendo o 72º maior do Estado. O número representa crescimento contínuo na última década, mesmo em períodos de retração econômica, como os apresentados entre 2015 e 2017. Em 2010, por exemplo, a soma de todas as riquezas botucatuenses gerou saldo de R$ 3,012 bilhões, cujo aumento no comparativo com a recente pesquisa foi de 42,43%.
O setor que mais contribuiu para o desempenho do PIB 2017 foi o setor de serviços, com R$ 2,290 bilhões, seguido pela indústria, com R$ 970,290 milhões. Já as riquezas geradas pela agropecuária somaram R$ 194,540 milhões, enquanto que a administração pública (educação, segurança, seguridade social e defesa) totalizado R$ 457,842 milhões. Dividendos gerados pela arrecadação de impostos geraram R$ 377,551 milhões.
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Quando do início da crise econômica em âmbito nacional, em 2014, o PIB total botucatuense foi de R$ 4,036 bilhões, tendo salto de 15% no ano seguinte, chegando a R$ 4,639 bilhões. Já sob os efeitos da retração dos setores produtivos, o montante foi de R$ 4,157 bilhões, representando retração de 10%.
Já o PIB per capita – aquele cujo resultado é obtido da divisão da renda total pelo número de habitantes e que corresponde à renda total de todos os habitantes na forma de salários, transferências, aposentadorias, subsídios, pensões, benefícios previdenciários, aluguéis, entre outros – também teve crescimento, chegando a R$ 30.100,24 (ou seja, rendimento médio por habitante) em 2017, fazendo com que Botucatu passe a ocupar a posição 1.190 em âmbito nacional e na esfera estadual, a 246ª entre os 645 municípios paulistas.
Em 2010 o rendimento de cada um dos 127.328 (conforme o censo daquele ano) foi de R$ 23.653,55, chegando em 2017 a R$ 30.100,24 (cuja estimativa de habitantes de Botucatu é de 146.497) o que resulta em evolução de 27% no período. A maior evolução do PIB per capita no município deu-se em 2015, quando o valor foi de R$ 33.264,37. Com os efeitos da crise, o índice retrocedeu 11% para o ano seguinte, fazendo com que cada botucatuense tivesse renda total de R$ 29.482,23.
Sete municípios concentram um quarto do PIB do país
Em 2017, sete municípios somaram 24,4% do PIB do Brasil e 13,6% da população: São Paulo (SP) com 10,6%, Rio de Janeiro (RJ) com 5,1%, Brasília (DF) com 3,7%, Belo Horizonte (MG) com 1,4%, Curitiba (PR) com 1,3%, Osasco (SP) com 1,2% e Porto Alegre (RS) com 1,1%.
Os 69 municípios com os maiores PIBs representavam, aproximadamente, metado do total (49,8%) e um pouco mais de um terço da população do País. Já em 2002 apenas quatro municípios somavam quase um quarto da economia nacional. Já os 1.324 municípios de menores PIBs responderam, em 2017, por cerca de 1,0% do PIB do país e por 3,1% da população brasileira.
A análise da distribuição do PIB por concentrações urbanas (arranjo populacional com mais de 100 mil habitantes, reunindo uma ou mais cidades com alto grau de integração, devido aos deslocamentos para trabalho ou estudo) permite verificar que um quarto da produção econômica do País em 2017 estava em apenas duas delas: São Paulo/SP (17,3%), onde se situa, entre outros, o município de Osasco (SP); e Rio de Janeiro/RJ (7,7%). As 10 maiores concentrações urbanas brasileiras compõem cerca de 43% do PIB, sendo elas: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/ RJ, Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/ RS, Curitiba/PR, Campinas/SP, Salvador/BA, Recife/PE e Fortaleza/CE.
Jornal Leia Notícias por Haroldo Amaral