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A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 188,328 bilhões no ano passado, o maior da história da estatal. O resultado é ainda 76,6% superior aos R$ 106,6 bilhões apurados em 2021, até então cifra recorde.
Os analistas esperavam lucro líquido anual de R$ 196,6 bilhões. No quatro trimestre, o lucro ficou em R$ 43,341 bilhões, uma alta de 37%. Para o quarto trimestre, a previsão era de ganhos entre R$ 40 bilhões e R$ 52 bilhões.
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- Receita de vendas da empresa foi de R$ 641,256 bilhões em 2022, alta de 41,7%
- Fluxo de caixa operacional ficou em R$ 255,410 bilhões em 2022, aumento de 25,7%
- Dívida líquida chegou ao fim de 2022 em US$ 41,516 bilhões, redução de 12,8%.Dívida bruta ficou em US$ 53,799 bilhões
- Importação de gás boliviano teve redução de 15% em 2022
- 45% das exportações de petróleo foram para China, seguida da Europa (29%) e América Latina (10%)
- Investimentos em 2022 somaram US$ 9,848 bilhões, alta de 12,3%
- Venda de ativos foi de US$ 4,8 bilhões em 2022, como gasoduto NTS (US$ 1,0 bilhão) e campo de Bacalhau (US$ 950 milhões)
O lucro líquido recorde foi impulsionado pela alta de 43% do preço do barril do petróleo no exterior, as maiores margens de derivados, o melhor resultado financeiro e os ganhos com acordos de coparticipação em campos da Cessão Onerosa, quando vendeu uma fatia para os chineses. Isso compensou os gastos com os impairment (baixa contábil), como a segunda unidade da Refinaria de Pernambuco (Rnest).
Produção tem queda
A produção total comercial da Petrobras em 2022 chegou a 2,361 milhões de barris de petróleo e gás por dia (Boed). O número representa uma queda de 4% em relação ao ano anterior.
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Houve redução na exploração em terra, águas rasas e campos do pós-sal. O pré-sal, que já responde por 73% do total produzido pela estatal, teve alta de apenas 1,2% na comparação anual.
A companhia atribui a queda ao volume de manutenções e descomissionamento de plataformas, além do desinvestimentos de campos e da venda de 5% da participação no contrato de partilha de produção dos volumes do excedente da cessão onerosa do Campo de Búzios para a chinesa CNOOC, em vigor desde o início de dezembro.
Vendas de derivados caem
A companhia informou ainda que as vendas de derivados no mercado interno registram queda de 2,9% no ano passado, para 1,753 milhão de barris por dia, devido à venda de refinarias. No caso do diesel, o volume de vendas caiu 5,8% em 2022, para 755 mil barris por dia.
No caso da gasolina, as vendas para o mercado interno caíram 0,4% no ano passado em relação a 2021, para 407 mil barris por dia. Porém, a estatal destacou que em dezembro o total de vendas foi o melhor para ao mês desde 2016. A estatal ressalta que isso ocorreu “mesmo após os desinvestimentos” das refinarias.
O gás de botijão (GLP) teve queda de 7,6% no ano, devido à redução da atividade da indústria e maior concorrência, diz a estatal. Por outro lado, as vendas de querosene de aviação (QAV) tiveram alta de 31,7% em 2020.
No quatro trimestre, a estatal disse que as vendas foram “recorde” desde o início da pandemia, no segundo trimestre de 2020.
Fonte: G1