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A Petrobras enfatizou nesta sexta-feira (25) não ter mecanismos técnicos para impedir a chegada às praias do óleo vazado no mar, cuja origem ainda é desconhecida. Mais de 340 toneladas do material já foram recolhidas da costa brasileira pela empresa desde setembro, quando foram identificadas as primeiras manchas nas praias do Nordeste.
A estatal não teria responsabilidade no vazamento. A mobilização para a limpeza das praias acontece por meio de acordo com o governo.
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“Fica praticamente impossível você pegar esse óleo e segurar com barreiras e outros instrumentos que a gente tem. Então, o mecanismo de captura tem sido quando a maré e a corrente jogam para a praia. Infelizmente tem sido desse jeito porque os mecanismos que a gente detém são agulha no palheiro para pegar, por conta da característica do óleo”, disse o diretor de assuntos corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto.
Segundo Neto, tão logo foi acionada pelo Ibama sobre o surgimento do óleo nas praias, a Petrobras se mobilizou para identificar o vazamento e recolher o material que chega à costa. A origem não foi identificada até o momento o que, segundo a empresa, dificulta ainda mais os trabalhos.
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“Pela característica do óleo, [ele é] diferente dos óleos que a gente produz aqui, que sobrenadariam por ter uma densidade menor que a da água do mar. A gente pegaria por imagens de satélite e poderia fazer um combate mais antes que chegasse na praia”, reforçou o diretor.
Considerando as características do óleo encontrado, a Petrobras aponta a Venezuela como origem do produto. Já sobre as direções que as manchas de óleo percorrem pela costa brasileira, a companhia presume que ele vazou de um ponto distante do continente, onde há uma bifurcação de correntes marítimas.
“Esse caso, ao que tudo parece, é um navio que passou por aqui, ou que afundou, a gente não sabe. A Marinha está investigando, isso não cabe à gente investigar”, destacou Neto.
A empresa enfatizou que mantém sua mobilização para limpeza das praias. Questionada sobre as ações voluntárias de limpeza, que tem colocado pessoas em risco, devido à toxicidade do óleo, a Petrobras disse que está enviando Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para as comunidades litorâneas a fim de evitar que os voluntários tenham contato direto com o óleo. O EPI inclui luvas, macacão e botas.
Questionada sobre os custos desta ação, já que a Petrobras não seria a responsável pelo vazamento, o diretor Eberaldo Neto adiantou que foi feito um acordo com o governo.
“Se a gente tem algum dispêndio, a gente tem que ser ressarcido. Sobre quanto vai custar, isso já foi discutido e está sendo contabilizado em paralelo. O nosso foco principal tem sido a limpeza das praias e continuaremos mobilizados até que cesse o aparecimento desse óleo”, afirmou Neto.
Fonte: G1