18 de novembro, 2024

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Petiscos já mataram mais de 40 cães de intoxicação, diz delegada

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O número de cães mortos após ingestão de petiscos possivelmente produzidos pela empresa Bassar Pet Food já chega a pelo menos 48 em várias partes do Brasil, de acordo com a delegada Danúbia Quadros, da Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor de Belo Horizonte (MG), onde surgiram os primeiros casos. Segundo ela, nesta segunda-feira (5), mais um caso de óbito foi registrado na capital mineira – o oitavo – por suspeita de intoxicação pelo produto. Várias amostras estão sendo periciadas. A primeira delas, já detectou a presença de mono-etilenoglicol, substância tóxica também encontrada no caso da Cervejaria Backer, quando dez pessoas morreram e várias outras acabaram internadas e com sequelas permanentes.

– Hoje foi registrada mais uma ocorrência citando óbito, além de outras internações. Então, em Belo Horizonte, já são oito casos de mortes, e têm chegado aos meu conhecimento várias outras mortes Brasil à fora. Cerca de 40 até o momento – revela a delegada.

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Já há mais de 40 cães mortos por suspeita de intoxicação com petiscos, diz delegada (Foto: Reprodução)

A delegacia, em Belo Horizonte, tem recebido informações de casos de outras cidades de MG e de outros estados também, mas a delegada já ressaltou que os incidentes serão investigados pelas distritais de cada município onde a intoxicação aconteceu. Por isso, os tutores devem procurar as delegacias mais próximas.

– É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima, leve o produto para que seja investigado se realmente esse óbito ou essas intercorrências se deram em razão da ingestão do petisco. É importante que fique atento aos sintomas que são apresentados: convulsão, diarreia, vômito e prostração após a ingestão desses petiscos.

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Na sexta-feira, Danúbia Quadros já havia falado de registro cães mortos após ingestão dos petiscos em outros nove estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Alagoas, Sergipe e no Distrito Federal.

– Imediatamente após à ingestão do petisco, os cães apresentaram muita sede. Poucas horas depois, vômito e prostração. Com dois dias, eles já tinham diagnóstico de injúria renal aguda – conta a advogada Silvia Valamiel, que representa, em MG, tutoras de cinco dos primeiros cachorros que foram intoxicados; dois morreram. – Além do laudo, os sintomas também indicam intoxicação por esta substância.

Cãezinhos sobreviveram e receberam alta após intoxicação, mas perderam dois irmãozinhos
Cãezinhos sobreviveram e receberam alta após intoxicação, mas perderam dois irmãozinhos (Foto: Arquivo pessoal)

Análise tripla

Além da Polícia Civil, o caso também é investigado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, na última sexta-feira (2), já determinou a interdição da fábrica da Bassar, em Guarulhos (SP), além do recolhimento nacional dos produtos produzidos pela empresa. A pasta falou em “riscos iminentes” à saúde dos animais, “baseado em suspeita fundamentada de ocorrência de produtos contaminados”. Assim como a polícia, o Mapa também enviou amostras dos produtos a Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária do Ministério para análise

“A princípio os produtos identificados com suspeita de contaminação são o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). O recolhimento dos produtos deve ser feito pela empresa e os produtos devem ficam apreendidos nos armazéns da própria empresa”, disse o Ministério em comunicado.

A Bassar, por sua vez, disse que está contribuindo para as investigações e acrescentou que contratou um laboratório particular para que também sejam feitas análises dos produtos suspeitos. A empresa disse ainda que entrou em contato com seus fornecedores, para averiguação dos insumos utilizados. Veja o comunicado:

“A Bassar Pet Food informa que interrompeu a produção de sua fábrica desde semana passada até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também contratou uma empresa de perícia para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e maquinários em sua fábrica, e de todas as matérias primas que compõem o produto final.

De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos sejam apresentados.

A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A companhia está colaborando com as investigações e todas as autoridades para elucidação do caso. A empresa enviou amostras de seus produtos e matérias primas para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade dos produtos sob investigação.

Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para averiguarem a possibilidade de algum tipo de contaminação.

A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos”.

Fonte: Extra

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