19 abril, 2024
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Cientistas da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, criaram um composto que em testes de laboratório se mostrou capaz de induzir o “suicídio” de células cancerosas sem, no entanto, matar as saudáveis. Trata-se de um avanço para alguns casos da doença — como a leucemia mieloide aguda — resistentes a tratamentos semelhantes. Segundo pesquisadores, embora os experimentos com o composto, designado BTSA1, ainda estejam em fase muito preliminar, os procedimentos demonstraram potência e seletividade no ataque a células deste tipo de leucemia, a partir de testes pré-clínicos, que devem ser alvo de mais estudos.
É preciso verificar se o BTSA1 também funciona contra outros cânceres, inclusive tumores sólidos, e investir o desenvolvimento de novos fármacos com base nele.
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— Estamos esperançosos de que os compostos direcionados que estamos desenvolvendo se provem mais eficazes do que as atuais terapias anticâncer ao levar as células cancerosas diretamente para a autodestruição — destacou Evripidis Gavathiotis, professor de Bioquímica e Medicina da faculdade americana e autor sênior de artigo sobre a pesquisa, publicado ontem no periódico científico “Cancer cell”: — Idealmente, nossos compostos serão combinados com outros tratamentos para matar as células cancerosas mais rapidamente e mais eficientemente, com menos efeitos adversos, um problema tão comum com as quimioterapias tradicionais.
O novo composto tira proveito de uma capacidade natural de nossas células. Unidades básicas da vida, elas também podem ser o caminho da morte: são equipadas com mecanismos de autodestruição, que são ativados em muitos destes casos.
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Produção de proteína é o segredo
Mesmo que o organismo tenha mecanismos de destruição celular, em vários tipos de câncer, as células doentes também passam a fabricar grandes quantidades de substâncias que “desligam” este sistema, chamadas antiapoptóticas. Então, numa espécie de cabo de guerra molecular, as células continuam se reproduzindo e se espalhando pelo organismo.
O BTSA1 age estimulando a produção de uma proteína, a BAX, que provoca o surgimento de buracos na membrana das mitocôndrias, as usinas de energia das células, levando-as à morte. Assim, o novo composto, basicamente, faz a briga tender para o lado do “suicídio” celular ao ultrapassar a capacidade da célula cancerosa em desativar esta proteína.
— O composto BTSA1 provou ser o ativador de BAX mais potente, causando apoptose rápida e extensa quando adicionado a várias linhas celulares diferentes — explicou outro autor do estudo, Denis Reyna, estudante de doutorado no laboratório de Gavathiotis.
Fonte: Extra
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