26 abril, 2024
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Pesquisadores norte-americanos elaboraram uma classificação de quais locais e atividades proporcionam maior risco de contaminação pelo coronavírus em recente estudo divulgado pela Texas Medical Association (associação médica do Texas, nos Estados Unidos). Será que ir ao supermercado apresenta os mesmos ricos que jogar futebol? E ir ao cinema?
No topo entre as atividades mais perigosas está ir ao bar, shows, estádios de futebol e cultos religiosos com mais de 500 pessoas.
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No Brasil, a Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) também buscou informações sobre o assunto.
O Metro Jornal conversou com o médico Mateus Westin, membro do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, e com John Carlo, membro da força-tarefa de covid-19 na Texas Medical Association e médico de saúde pública.
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De acordo com John Carlo, um dos físicos que comandou o estudo feito no Texas, cada especialista adotou diferentes critérios de estudos que englobassem o máximo de material possível sobre a transmissão.
“O meu critério, por exemplo, foi calcular quais atividades as pessoas conseguiriam manter o distanciamento social, se a atividade seria em um local interno ou externo e, sabendo como a covid-19 transmite de pessoa a pessoa, foi preciso analisar a natureza das atividades”, explicou.
Segundo o médico Mateus Westin, não é possível fazer uma análise precisa de risco. Mas é possível usar critérios de comportamento em meio às atividades, como interação tátil ou nível de conversa, fatores que influenciam na maneira de compreender o contágio.
Como essa classificação foi feita e o que foi levado em conta nesta análise?
Não é possível fazer uma medida muito precisa de risco, mas existem critérios gerais que levam a considerar um local da maior ou de menor risco. Como: possibilidade de aglomeração e interação entre as pessoas nestes locais (mais conversas e mais interação tátil entre elas) e o grau de ventilação no ambiente.
O que leva os esportes a apresentarem um risco moderado de contágio?
Futebol e basquete são colocados em níveis consideravelmente elevados porque o contato entre as pessoas é grande. São esportes coletivos, que pressupõem contato. Jogar tênis de duas duplas, por exemplo, tem menos risco do que o basquete com dez jogadores, esporte com muito contato físico e comunicação verbal, como pedir para passar a bola. Coisas que no tênis ou golfe não acontecem.
E as academias?
Quanto mais aeróbio for o esporte, mais intensa vai ser a respiração das pessoas e essa respiração que faz eliminar muita partícula respiratória nas quais, se infectadas, o vírus estará contido.
De que maneira as pessoas podem realizar algumas atividades já permitidas pelas autoridades, como ir aos restaurantes e academias, mas se protegerem de maneira correta?
Nos locais onde a taxa de transmissão ainda não é zero, significa que a epidemia ainda está em expansão. Nestes lugares, mesmo que haja uma flexibilização das autoridades, o ideal é que as pessoas evitem as atividades eletivas e coletivas. Agora, em se optando por ir e havendo liberação das atividades sanitárias, é preciso seguir os princípios gerais de não ter interação verbal, manter o distanciamento ideal de 2 metros entre pessoas que não estejam convivendo na mesma casa e que as pessoas usem máscara o tempo inteiro. Em restaurantes e bares, essa recomendação não é possível.
Ir ao bar tem maior risco de contágio. O que justifica essa classificação?
É um ambiente onde os frequentadores sentam-se na mesma mesa e isso pressupõe uma proximidade de pessoas que não estão no convívio domiciliar e que interajam muito. O bar é local de intensa socialização, consumir bebidas e alimentos, então o uso da máscara não é possível enquanto as pessoas socializam ativamente. Além disso, o uso de bebida alcoólica pode ser considerado uma preocupação adicional, pois as pessoas podem relaxar ainda mais as medidas de precaução individual.
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