Perícia não aponta irregularidades em equipamento utilizado por empresário que morreu após salto em Boituva, diz delegado

A perícia feita pela Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) nesta segunda-feira (15), em Boituva (SP), apontou que não houve falha no equipamento utilizado por Humberto Siqueira Nogueira, que morreu após um salto na última quarta-feira (11).

O delegado que cuida do caso, Carlos Antônio Antunes, disse que a perícia inicial apontou que o equipamento está em perfeita ordem, o que levaria a crer que houve erro por parte do atleta.

Ainda segundo Antunes, algumas testemunhas ainda serão ouvidas pela polícia para tentar determinar as causas da morte, porém informações preliminares apontam que Humberto teria feito uma manobra incompatível no momento do pouso.

No sábado (14), o Centro Nacional de Paraquedismo suspendeu saltos para paraquedistas sem experiência por conta das condições meteorológicas na região. Nesta segunda-feira (16), o local voltou a funcionar normalmente.

Humberto Siqueira Nogueira era paraquedista experiente, com mais de 1 mil saltos. Ele participava de um grupo do esporte no interior de São Paulo.

O atleta realizava saltos na modalidade head down, na qual os atletas saltam de cabeça para baixo em queda livre a partir de uma altitude próxima a cinco mil metros.

Humberto participou do “The Vertical Elite“, um grupo de elite com 200 de paraquedistas que fizeram o salto em formação única, de cabeça para baixo, durante um evento realizado no Skydive de Chicago, nos Estados Unidos (EUA).

Em 2022, Humberto também estava no grupo de 37 paraquedistas vindos de vários países da América do Sul, que quebrou o recorde Sul-Americano na modalidade “Head Down”, em Boituva (SP).

Relembre o caso

Humberto Siqueira Nogueira morreu na quarta-feira (11), durante um salto de paraquedas. Ele colidiu fortemente com o solo durante a aproximação de pouso.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Humberto foi levado para um hospital da cidade com parada cardiorrespiratória e não resistiu.

O paraquedista não usava câmera de filmagem junto ao corpo no momento da queda. As imagens das câmeras de segurança do Centro Nacional de Paraquedismo serão analisadas.

Humberto foi sepultado no cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia, na sexta-feira (13). Ele deixou a esposa e três filhos.

Fonte: G1