“Em 4 de abril, o regime sírio atacou seu próprio povo usando armas químicas. Revisei pessoalmente a informação de Inteligência e não há dúvidas de que o regime sírio é responsável pela decisão de atacar e pelo ataque em si”, disse o chefe do Pentágono durante coletiva de imprensa.
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“Em resposta ao ataque”, autoridades de segurança nacional dos Estados Unidos apresentaram “opções diplomáticas e militares” ao presidente Donald Trump, explicou Mattis, acrescentando também ter havido conversas com aliados de Washington.
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“O Conselho de Segurança Nacional considerou a proibição internacional ao uso de armas químicas, as repetidas violações do regime sírio à lei internacional e os assassinatos inexplicavelmente brutais que o regime cometeu”, afirmou.
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“Nós decidimos que uma resposta militar estudada seria a melhor para evitar que o regime fizesse isto de novo”, acrescentou.
A represália americana, lançando 59 mísseis de cruzeiro contra uma base aérea síria, deixou claro que Washington “não permanecerá passivo enquanto Assad ignora a legislação internacional e usa armas químicas que havia declarado destruídas”, disse.
Política ‘não mudou’
O chefe do Pentágono apontou que, apesar do ataque contra as forças de Assad, a política dos Estados Unidos para a Síria “não mudou”, e que sua prioridade “continua sendo a derrota do (grupo extremista) Estado Islâmico”.
“O ISIS representa um perigo claro e presente, uma ameaça imediata à Europa e finalmente aos Estados Unidos”, afirmou, usando o acrônimo em inglês para o grupo extremista.
Em relação às tensões que surgiram com a Rússia em consequência do ataque militar à Síria, Mattis disse que o governo americano não permitirá que a situação fique “fora de controle”.
“Mantemos comunicações com os militares russos e temos canais diplomáticos. Não se tornará uma espiral fora de controle”, disse Mattis, acrescentando que um quadro de descontrole “também não é do interesse” da Rússia.
As declarações de Mattis se seguiram após a chegada, nesta terça-feira, do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, à Rússia, onde ele deverá confrontar o governo russo sobre seu apoio a Assad.
Investigação sobre a Rússia
Um alto funcionário americano, que falou sob a condição do anonimato, disse que Washington estava investigando se a Rússia agiu como cúmplice no ataque químico.
“Como é possível que suas forças estivessem aquarteladas junto com as forças sírias que planejaram, prepararam e realizaram este ataque com armas químicas na mesma instalação, e não tiveram conhecimento prévio?”, questionou o funcionário.
Fonte: Yahoo!