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O economista Santiago Peña foi empossado nesta terça-feira como presidente do Paraguai prometendo “construir alianças” e mostrar “liderança firme e ética” pelos próximos cinco anos após sua vitória nas eleições de abril.
Peña fez o juramento presidencial do lado de fora do Palácio do Governo em Assunção, em uma cerimônia que contou com líderes sul-americanos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o rei da Espanha e o vice-presidente de Taiwan, William Lai. O Paraguai é um dos poucos países remanescentes que mantém relações diplomáticas formais com a ilha autônoma reivindicada pela China.
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“Construiremos alianças e cooperação com uma visão geoestratégica”, disse o presidente em seu discurso de posse, acrescentando que a relação do Paraguai com Taiwan “é um exemplo disso e do espírito amistoso e cooperativo do Paraguai com as nações”.
Peña, de 44 anos, obteve uma sólida vitória nas eleições de abril para substituir Mario Abdo. Ambos são do conservador Partido Colorado, que dominou a política no Paraguai nos últimos 75 anos.
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“Santi”, como é conhecido, tem prometido políticas favoráveis aos negócios focadas na criação de empregos, redução de impostos e atração de investimentos estrangeiros para ajudar a economia agropecuária a se recuperar após a pandemia e a seca que destruiu mais da metade da safra de soja no ano passado.
Apesar da pressão dos produtores rurais que querem acesso aos mercados chineses, ele prometeu manter os laços diplomáticos de décadas do Paraguai com Taiwan.
Em seu discurso, Peña disse que trabalhará para combater a corrupção do Estado, lutar contra a pobreza que atinge quase um quarto da população paraguaia e melhorar a educação, a saúde e a segurança.
“O sucesso está melhorando a vida de todos os paraguaios”, disse o presidente. “É hora de um pacto para alcançar a qualidade de vida que as famílias paraguaias merecem.”
Peña enfrenta o desafio adicional de fortalecer as relações com os Estados Unidos depois que o governo dos EUA acusou seu mentor político, o ex-presidente Horacio Cartes, de corrupção. O novo presidente reconheceu Cartes com carinho no início de seu discurso público.
Peña serviu como ministro das Finanças de Cartes de 2015 a 2017.
Alguns analistas dizem que Cartes, que lidera o Partido Colorado, provavelmente será influente no novo governo, que tem maioria no Congresso. Peña “precisa deixar claro seu legado de autonomia”, disse a cientista política Milda Rivarola ao jornal local Última Hora.
“As pessoas precisam sentir que quem decide é ele e não Cartes”, disse Rivarola, acrescentando que cabe a Peña decidir se “vai ser um delegado ou se vai ser o presidente”.
Fonte: Agências