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Paulo Nobre tem menos um motivo para se preocupar até o final de seu mandato no Palmeiras. Nesta terça-feira, o Verdão ganhou disputa judicial contra a WTorre sobre a propriedade das cadeiras da nova arena palmeirense. De acordo com a decisão, a construtora tem direito a comercializar apenas 10 mil lugares, o que era pleiteado pela diretoria do clube – a WTorre entendia que, por contrato, tinha propriedade dos 44 mil lugares do estádio.
O Palmeiras se pronunciou, por intermédio do presidente Paulo Nobre, sobre a vitória na arbitragem sobre a WTorre, construtora responsável pelo Allianz Parque. O dirigente máximo do clube, no final da tarde desta terça-feira, classificou a decisão como um triunfo capaz de evitar um ‘desastre financeiro’ completo no clube.
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“Caso a interpretação não fosse a do Palmeiras e fosse a da parceira, seria um desastre na vida da Sociedade Esportiva Palmeiras. As próximas três décadas do clube estariam comprometidas financeiramente”, declarou Nobre.
“A arena, da maneira que o Palmeiras combinou na regra de convivência, abrange vários outros campos que poderiam ser totalmente destruídos caso a vitória não acontecesse. Não é um jogo entre Palmeiras e WTorre, é uma discussão dos próximos 30 anos do clube e que, com a decisão de hoje, o Palmeiras vê salvo os seus direitos”, acrescentou.
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“O Palmeiras vê os seus planos futuros e podemos seguir em frente; tudo o que plantamos nos últimos quatro anos não têm a chance de sucumbir. Temos respeito pela parceira, mas o Palmeiras hoje conquistou mais uma de suas grandes vitórias e sua história centenária”, completou o presidente.
Além de limitar a comercialização das vendas das cadeiras por parte da WTorre, o resultado da arbitragem desta segunda-feira também obriga a construtora a promover novas obras na arena, a fim de adequar o Allianz Parque ao ‘padrão Fifa’.
Segundo Guilherme Pereira, diretor jurídico do Palmeiras, a empresa terá um prazo para apresentar e outro para executar as obras necessárias para adequar a casa palmeirense às exigências da entidade máxima do futebol mundial.
Contrato mal redigido?
Desde a abertura do Allianz Parque, Palmeiras e WTorre protagonizaram disputas sobre os direitos de cada parte. O contrato assinado em 2010 possui dúbias interpretações, como no caso da comercialização das cadeiras. Questionado sobre a má redação do contrato, Paulo Nobre admitiu que o acordo ainda possui lacunas.
“Avaliar agora se o contrato foi mal redigido não é o caso. [O contrato] Poderia ter sido mais claro, não suscitaria mais interpretações diferentes. Uma vez que surgiram as interpretações diferentes, já era previsto que fosse para o tribunal arbitral, como neste caso”, comentou o dirigente.
“Fico feliz de ter pessoas para defender o Palmeiras com unhas e dentes. Conseguiram reunir toda a documentação que fez parte do acordo entre Palmeiras e WTorre, por este trabalho o tribunal teve a possibilidade de concluir que nossa interpretação era a correta”, finalizou.
A batalha nos bastidores vinha desde 2014, data da reinauguração do antigo estádio Palestre Italia (Foto: Divulgação)Fonte: UOL