15 de novembro, 2024

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Partido contrário à unificação de Taiwan com China vence eleição presidencial

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O Partido Democrático Progressista (PDP) de Taiwan, que é contra a unificação da ilha com a China, venceu a eleição presidencial neste sábado (13). Lai Ching-te, atual vice-presidente, saiu vitorioso de um pleito definido pela China como uma escolha entre a guerra e a paz.

Em seu primeiro pronunciamento após a vitória, Lai disse estar determinado a “proteger Taiwan das ameaças e intimidação da China” e afirmou que “o povo de Taiwan resistiu com sucesso aos esforços de forças externas que queriam influenciar as eleições”.

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Lai disse ainda que usará o diálogo no lugar do confronto e que está disposto a conversar com a China “com base na dignidade e na paridade”.

O candidato do principal partido da oposição, o Kuomintang (KMT), Hou Yu-ih, admitiu a derrota nas eleições. O KMT não é um partido aliado da China, mas era o favorito do governo chinês para essa eleição porque considera que Taiwan e a China são um único país.

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Já o PDP, que confirmou o favoritismo e saiu vitorioso, quer acabar de vez com qualquer pretensão de uma unificação com a China. O PDP governa Taiwan desde 2016. Na eleição passada, em 2020, o partido elegeu Tsai Ing-we como presidente e Lai Ching-te como vice.

No período que antecedeu as eleições, a China denunciou repetidamente Lai como um separatista perigoso e rejeitou os seus apelos por diálogo.

Crise entre EUA e China

Taiwan é o epicentro de uma crise entre os Estados Unidos e a China, um dos territórios mais indefinidos do atual cenário geopolítico mundial e um dos mais estratégicos para potências mundiais.

Para a China, trata-se de uma província rebelde que segue fazendo parte de seu território. Já para o governo de Taiwan, a ilha é um estado independente, gerido por uma Constituição própria, e por décadas foi considerada o próprio governo chinês, no exílio. Isso porque os atuais governantes de Taiwan foram os inimigos derrotados na década de 1940 pelos comunistas que governam atualmente a China.

O resultado da votação tem potencial para deteriorar as relações já não tão boas entre Taiwan e China, e até acelerar planos chineses de invadir a ilha.

Horas antes do começo da votação, a China fez ameaças abertas aos políticos a favor da independência de Taiwan: o governo chinês afirmou que vai tomar todas as ações para “esmagar” qualquer plano de independência e que isso não é compatível com a paz.

Fonte: G1

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