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Todo início de projeto representa um desafio, mas também traz consigo a expectativa de um futuro promissor. E, nessa etapa, principalmente para quem está empreendendo em um novo negócio, receber apoio e incentivo é fundamental. Na manhã da última sexta-feira (2), cinco empreendedores assinaram contrato com o Parque Tecnológico Botucatu para Utilização do Sistema Compartilhado de Incubação – INCUB, na modalidade pré-incubação. Participaram da cerimônia o diretor executivo do Parque Tecnológico, Carlos Alberto Costa; o diretor científico, Paulo Ribolla e o diretor administrativo-financeiro, Luis Fernando Nicolosi Bravin.
A modalidade pré-incubação é a etapa que antecede a entrada na incubadora de empresas e que, em um terceiro momento, resultará na oportunidade de se beneficiar de toda a estrutura oferecida pelo próprio Parque. O processo constitui no apoio à empreendimentos tecnológicos inovadores em fase de elaboração ou implantação, que serão objeto de avaliação técnica e econômica para apuração de sua viabilidade mercadológica. Nessa modalidade, os empreendedores receberão apoio para elaboração de um Plano de Negócio para transformarem suas ideias em empresas formalizadas juridicamente e com produtos e serviços identificados.
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Todos os projetos passaram por uma fase de diagnóstico, quando foi identificado seu estágio atual para proposição das atividades a serem desenvolvidas.Aqueles que pretendem transformar suas ideias em um Plano de Negócios, poderão utilizar a infraestrutura e os serviços oferecidos pelo Parque Tecnológico e pela incubadora, por um período estimado de seis meses, prorrogáveis por mais seis, para desenvolvimento e validação do negócio.
Três dos projetos pré-incubados são fruto de um trabalho de prospecção de novos projetos feito pelo Parque Tecnológico Botucatu junto à Unesp e à Fatec. Eles passaram por um processo de seleção durante o Desafio Empreenda Botucatu 2017, receberam mentoria, adequaram sua proposta e, após apresentados para uma banca avaliadora (Pitch), foram escolhidos. “Estamos agora cumprindo mais uma etapa do HUB 2017, que é pré-incubar os três melhores projetos que participaram do Desafio Empreenda Botucatu”, destacou Carlos Costa, diretor executivo do Parque Tecnológico Botucatu.
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Costa destacou, como ponto complementar, que os projetos pré-incubados participarão do Programa de Apoio à Empresas Incubadas desenvolvido pela Escola de Negócios do SEBRAE SP. “Transformar ideia em produto e colocá-la no mercado é um processo muito importante para o desenvolvimento econômico e social da nossa cidade e região”, afirmou. “Ao final do período de pré-incubação, com um Plano de Negócio, os empreendedores avaliaram a viabilidade, os objetivos e as metas para transformarem suas ideias em negócios e inseri-las no mercado”, concluiu.
Para Leandro Ruchiga Bonilha, responsável pelo desenvolvimento de um Kit de Análise Rápida para Solo, estar pré-incubado significa ter uma base de conhecimentos e oportunidades para, posteriormente, ingressar no mercado. “Isso significa começar bem, com segurança, de acordo com o que o mercado espera. É muito mais fácil corrigir os erros agora para não enfrentar problemas no futuro”, destacou. Denominado de solo-teste, o projeto apresenta um aparelho que mede as condições do solo em pouco tempo, sem que haja a necessidade de enviar amostras para um laboratório.
Lucilene Delazari dos Santos, pesquisadora do Centro de Estudos e Venenos de Animais Peçonhentos (Cevap/Unesp) de Botucatu, desenvolveu um dispositivo para Identificação de Acidentes por Serpentes. Trata-se de um aparelho que permite à equipe médica responsável pelo atendimento saber que tipo de serpente picou a vítima para, então, utilizar o soro adequado e com maior rapidez.
Ela afirma que espera, a partir de agora, colocar em prática todo conhecimento adquirido por meio de seus estudos e transformando-o em um produto que possa beneficiar a população. “A pré-incubação foi muito bem-vinda, pois poderemos ter uma visão além da bancada do laboratório. Vamos desenvolver estratégias possíveis de serem aplicadas na comunidade. E esse apoio que receberemos do Parque Tecnológico e durante a pré-incubação suprirá uma necessidade que, muitas vezes, a universidade não consegue oferecer”, colocou.
Pedro Jovchelevich, da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica, outro pré-incubado, se dedicará a aprimorar o projeto de sementes de hortaliças biodinâmicas. Ele diz esperar do Parque Tecnológico Botucatu um apoio para desenvolver seu Plano de Negócios e na captação de recursos. “A captação de recursos para o empreendedorismo é algo novo no Brasil. É difícil fazermos isso sozinhos. Sinto que o Parque Tecnológico pode ajudar bastante com sua rede de contatos e com a oportunidade de trocar experiências com outros empreendedores”, observou.
Agnes Alessandra Sekijima Takeda, da empresa Margaret – Soluções em Bioinformatica, descobriu, ao lado da colega e parceira no projeto, Michele Almeida da Paz, a possibilidade de transformar sua ideia em negócio após o processo de sensibilização do Desafio Empreenda Botucatu 2017, quando ainda nem tinha um projeto. “Esperamos, a partir de agora, nos organizarmos para ter um produto viável e aceitável no mercado para poder captar recursos”, avalia. “Com o suporte do Parque Tecnológico e do SEBRAE SP acredito que vamos conseguir”, acrescentou. Seu projeto consiste em auxiliar pesquisadores na análise de dados de seus projetos, sem que o cientista tenha que dispor dessa mão-de-obra específica.
Fonte: Assessoria