18 de setembro, 2024

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Para salvar coruja ameaçada de extinção, ativistas levam ministro do Canadá à justiça

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Por milhares de anos, as corujas-pintadas do norte viveram no sul da Colúmbia Britânica, província mais populosa do Canadá, estendendo-se até os EUA por Washington, Oregon e norte da Califórnia. No Canadá, estima-se que ao menos 1.000 corujas provavelmente já viveram nas florestas, mas gerações de desenvolvimento industrial e exploração madeireira fraturaram a paisagem e destruíram seu habitat. Atualmente, resta apenas uma fêmea entre as corujas selvagens, bem abaixo dos cerca de 40 casais reprodutores nos anos 90.

Para tentar salvar a espécie da extinção, grupos de ativistas ambientais do Canadá estão entrando com uma ação legal contra o ministro do meio ambiente e mudanças climática do país, Steven Guilbeaul, argumentando que a demora do governo em proteger florestas antigas está prejudicando a espécie criticamente ameaçada. Segundo o Ecojustice, organização que lidera o movimento, Guilbeault não cumpriu seu dever de recomendar ao gabinete federal a emissão de uma ordem de emergência para proteção das aves frente à exploração madeireira.

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Grupo lança ação legal para forçar o ministro Steven Guilbeault a proteger a coruja-pintada, criticamente ameaçada. (Foto: Ecojustice)

Em outubro de 2022, o Wilderness Committee fez a petição ao ministro com a recomendação de emergência, e em fevereiro de 2023, o ministro chegou a reconhecer que a espécie enfrenta um risco iminente à sua sobrevivência e recuperação: 2.500 hectares de habitat de coruja-pintada, necessários para a recuperação da espécie, correm o risco de serem derrubados dentro de um ano. Apesar dessas descobertas, o ministro não fez uma recomendação de ordem de emergência ao gabinete, conforme exigido por lei. Ele também não se comprometeu com nenhum cronograma para fazê-lo.

De acordo com o The Guardian, ordens de emergência são uma ferramenta poderosa da legislação de espécies ameaçadas do Canadá e foram usadas apenas três vezes na história do país, incluindo uma vez por Guilbeault. Elas concedem ao governo federal jurisdição sobre decisões normalmente reservadas para uma província, incluindo a capacidade de ditar quais florestas estão fora dos limites da exploração madeireira.

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Cientistas do Canadian Wildlife Service acreditam que a recuperação da espécie é biológica e tecnicamente possível. No entanto, o sucesso da reintrodução na natureza depende de proteção suficiente do habitat para garantir que as corujas pintadas sobrevivam e se recuperem para uma população estável. Elas requerem amplos espaços para caçar e sobreviver, porque sua dieta é amplamente limitada a apenas duas espécies de pequenos roedores.

Wilderness Committee descobriu recentemente que a exploração madeireira já começou nos 2.500 hectares de habitat da coruja-pintada que o ministro considerou necessário para a recuperação da espécie. Se essa atividade prosseguir tornará improvável a recuperação da coruja-pintada no Canadá. Essa urgência é a razão pela qual o grupo está pedindo ao tribunal de justiça que obrigue o ministro a fazer a recomendação de ordem de emergência.

Fonte: Um Só Planeta

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