18 de maio, 2024

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Papa pede ‘criatividade’ da Igreja em meio à pandemia do novo coronavírus: ‘Cuidem-se para um futuro que virá’

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O papa Francisco pediu criatividade dos cristãos em meio à pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao escritor Austen Ivereigh, biógrafo do pontífice, divulgada nesta quarta-feira (8), o líder da Igreja Católica reconheceu que “não é fácil estar confinado em casa”, mas que os católicos devem “abrir novos horizontes e abrir janelas até Deus” durante o isolamento provocado pela Covid-19.

“Guardem-se para tempos melhores, porque recordar o que passou vai nos ajudar. Cuidem-se para um futuro que virá, e, quando chegar esse futuro, lembrar do passado vai fazer bem”, pediu o papa.

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“Cuidar agora, mas para o amanhã. Tudo isso com criatividade, uma criatividade simples, inventada todos os dias. Dentro do lar, não é difícil descobri-la”, acrescentou.

O papa Francisco está na Casa de Santa Marta, no Vaticano, também em isolamento por causa do novo coronavírus. Enclausurado no meio de Roma (Itália), menor país do mundo registrou sete casos de Covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins.

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Na entrevista, Francisco disse que tem rezado mais. “E penso nas pessoas. É algo que me preocupa: as pessoas. Pensar nelas me unge, me faz bem, me tira do egoismo”, completou o papa.

“Penso nos santos da porta ao lado neste momento difícil. São heróis! Médicos, voluntários, religiosas, sacerdotes, operários que cumprem com deveres para que a sociedade funcione. Quantos médicos e enfermeiros morreram? Quantos sacerdotes morreram? Quantas religiosas morreram? Morreram servindo.”

‘Cultura do descarte’

Na entrevista, o papa Francisco também pediu que o isolamento causado pela pandemia do novo coronavírus faça as pessoas reverem a cultura do descarte. “No mundo das finanças, parece que é normal sacrificar”, afirmou.

“Os sem teto continuam sem teto. Vi uma fotografia em Las Vegas em que eles estavam em quarentena em vagas de estacionamento. E os hotéis estavam vazios, mas nenhum sem teto poderia ir lá. Aí se vê como funciona a teoria do descarte”, exemplificou o papa.

O líder da igreja ainda pediu atenção contra a hipocrisia e alertou: “Esta crise afeta a todos, ricos e pobres”. “Eu me preocupo com a hipocrisia de certos personagens políticos que falam da fome no mundo e, enquanto isso, fabricam armas”, disse.

“Este é um tempo de coerência. Ou somos coerentes, ou perdemos tudo”, assinalou Francisco.

O papa também comparou políticos que fazem escolhas com base no descarte com o ditador nazista Adolf Hitler. “Hoje aqui na Europa, quando começo a escutar discursos populistas ou decisões políticas de cunho seletivo, não é difícil se lembrar dos discursos de Hitler de 1933”, afirmou.

Além disso, o pontífice recordou a importância da preservação da natureza em meio a crises como a pandemia do novo coronavírus. “As catástrofes parciais não foram atendidas. Hoje, quem fala sobre os incêndios na Austrália? Quem fala das inundações? Não sei se é vingança, mas é a resposta da natureza.”

“Que não percamos a memória depois que isso tudo passar, que não voltemos aonde estávamos. Este é o momento de dar o passo. É passar do uso e mal uso da natureza à contemplação”, completou.

Fonte: Yahoo!

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