12 de novembro, 2024

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Papa Francisco encerra a JMJ de Lisboa com missa para 1,5 milhão de fiéis

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Diante de uma multidão de 1,5 milhão de peregrinos, o papa Francisco presidiu neste domingo a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa, na qual pediu às novas gerações que não tenham medo e fez um apelo a favor da paz.

Em uma coletiva de imprensa a bordo do avião de volta a Roma, o líder religioso de 86 anos enfatizou que estava se sentindo “bem”, após sua intensa agenda em Portugal e dois meses após uma cirurgia abdominal importante.

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Aclamado por fiéis emocionados, o pontífice argentino teve horas antes o último encontro com a multidão antes de encerrar esta edição da maior reunião internacional de católicos.

Tanto na vigília de sábado como na eucaristia de domingo, o espaço criado para a JMJ em uma área próxima ao rio Tejo reuniu 1,5 milhão de pessoas, informou o Vaticano, com base em uma estimativa das autoridades portuguesas.

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Ao contrário do previsto, Francisco improvisou quase todo o seu primeiro discurso, sem ler o texto, e não proferiu o segundo, no qual deveria abordar a guerra na Ucrânia e a busca pela paz. 

“Rezei pela paz, mas não fiz propaganda”, disse aos jornalistas no domingo à noite no avião.

Após dormir ao relento durante uma noite quente de verão (hemisfério norte), centenas de milhares de jovens acordaram ao ritmo da música selecionada por um padre-DJ português em um cenário que lembrava o de um grande festival. A temperatura durante o dia se aproximou dos 40 graus na capital lusitana.

O papa Francisco celebra a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa (Foto: Reprodução)

Seul receberá a JMJ em 2027

Após percorrer uma longa distância no “papamóvel”, Francisco presidiu a missa em um grande altar, diante de mais de um milhão de fiéis, além de 10.000 padres, 700 bispos e 30 cardeais. 

“É extraordinário poder estar aqui para ver o nosso papa Francisco, que consegue unir as pessoas de todo o mundo”, afirmou Pimentel Gomes, padre brasileiro de 52 anos.

Antes de concluir a cerimônia, Francisco revelou uma das informações mais aguardadas de cada edição ao anunciar que Seul, capital da Coreia do Sul, será a sede da próxima JMJ. 

“Assim, em 2027, da fronteira ocidental da Europa seguiremos para o Extremo Oriente. E este é um belo sinal da universalidade da Igreja”, afirmou o papa, enquanto peregrinos da Coreia do Sul, país onde 11% da população se declara católica, celebravam no altar. 

Questionado pelos jornalistas no avião de retorno sobre seus próximos compromissos internacionais, o pontífice lembrou que sua visita seguinte será “a Marselha”. 

“Não (uma visita de Estado) à França”, pois “o problema que me preocupa é o problema do Mediterrâneo”, insistiu ele, que fez da questão migratória um pilar de seu pontificado. 

“No Mediterrâneo, os bispos estão realizando este encontro para refletir sobre o drama dos migrantes”, disse referindo-se à conferência que ocorrerá nessa cidade do sul da França de 18 a 24 de setembro, sobre temas como desigualdades econômicas, migração e clima. 

“O Mediterrâneo é um cemitério. Mas não é o maior: o maior cemitério está no norte da África. É terrível. Por isso vou a Marselha”, declarou o papa.

“Em grande forma”

Na manhã de sábado, Francisco foi recebido por 200.000 fiéis no santuário de Fátima, 130 km ao norte de Lisboa, onde rezou ao lado de jovens enfermos, pessoas com deficiência e seis detentos.

Após descrever o papa como “cansado” no início da visita por sua agenda repleta de eventos, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou ao canal de televisão público RTP que o pontífice “acabou em grande forma nos últimos dois dias”.

“À medida que o dia avançava, ele demonstrava uma alegria, estava relaxado… Deixava de lado os papéis, falava o que estava no coração”, declarou o chefe de Estado, um conservador e católico fervoroso.

Durante a visita, que começou na quarta-feira, o primeiro pontífice latino-americano da história abordou vários temas, como a mudança climática, as redes sociais, ou a pedofilia na Igreja. Ele se reuniu em caráter privado com um grupo de vítimas de abusos.

Fonte: Agências

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