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O Papa Francisco classificou neste sábado (30) como “genocídio” o que aconteceu em internatos que a Igreja Católica e outras igrejas cristãs mantiveram no Canadá para assimilar à força crianças indígenas.
Entre 1881 e 1996, mais de 150 mil crianças indígenas foram separadas de suas famílias e levadas para essas instituições. Muitas crianças passaram fome, foram espancadas e abusadas sexualmente em um sistema que a Comissão de Verdade e Reconciliação do Canadá chamou de “genocídio cultural”.
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As escolas eram administradas por grupos religiosos, a maioria por padres e freiras católicos.
O papa fez o comentário enquanto voava de volta a Roma após uma viagem de uma semana ao Canadá, onde fez um pedido histórico de desculpas pelo papel da Igreja na política.
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Ele foi questionado por um repórter indígena canadense no avião por que ele não usou a palavra genocídio durante a viagem e se ele reconheceria que os membros da Igreja participaram do genocídio.
“É verdade que não usei a palavra porque não pensei nisso. Mas descrevi genocídio. Pedi desculpas, pedi perdão por essa atividade, que foi genocídio”, disse Francisco.
“Condenei isso: tirar as crianças e tentar mudar sua cultura, suas mentes, mudar suas tradições, uma raça, uma cultura inteira”, acrescentou o papa.
Na segunda-feira passada, Francisco visitou a cidade de Maskwacis, local de dois antigos internatos, onde se desculpou e chamou a assimilação forçada de “mal” e um “erro desastroso”.
O papa também se desculpou pelo apoio cristão à “mentalidade colonizadora” da época.
Fonte: Yahoo!