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O papa Francisco condenou nesta quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, a violência e o preconceito contra as mulheres, mas continuou a defender que apenas cristãos do sexo masculino podem ser sacerdotes, usando como base a premissa da igreja Católica de que Jesus escolheu homens como apóstolos.
Em mensagem pela data, o pontífice disse que a concessão de salários e oportunidades iguais pode ajudar a criar um mundo mais pacífico, já que uma nova pesquisa com mulheres católicas mostrou que muitas sentem que a Igreja as discrimina.
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“Gosto de pensar que se as mulheres pudessem desfrutar de plena igualdade de oportunidades, poderiam contribuir substancialmente para a mudança necessária para um mundo de paz, inclusão, solidariedade e sustentabilidade integral”, disse o papa.
O papa condenou também a discriminação contra as mulheres no passado, mas, como seus predecessores, descartou o sacerdócio feminino.
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Uma pesquisa divulgada na quarta-feira pela Universidade de Newcastle, na Austrália, mostrou que quase 80% das mais de 17.000 mulheres católicas entrevistadas em 104 países disseram que as mulheres deveriam ser incluídas em todos os níveis de liderança da Igreja.
A pesquisa, apresentada no Vaticano, mostrou que dois terços, ou 68% dos entrevistados, concordaram que as mulheres deveriam ser elegíveis para a ordenação ao sacerdócio. Houve apoio majoritário ao sacerdócio feminino em todos os 104 países pesquisados, exceto Polônia e África do Sul.
Livro
Apesar de não defender que mulheres também possam ser sacerdotes, o papa assinou o prefácil de um livro lançado nesta quarta site Vatican News “Mais Liderança Feminina para um Mundo Melhor”.
No prefácio, Francisco enfatizou as diferenças entre homens e mulheres, mas pediu “igualdade na diversidade” em “um campo de jogo aberto a todos os jogadores”.
“Elas estão mais atentos à proteção do meio ambiente, seu olhar não está voltado para o passado, mas para o futuro. As mulheres sabem que dão à luz com dor para alcançar uma grande alegria: dar vida e abrir vastos e novos horizontes. Por isso as mulheres querem a paz, sempre.”
Desde que se tornou papa, Francisco nomeou várias mulheres para cargos administrativos e disse no ano passado que “toda vez que uma mulher recebe um cargo (de responsabilidade) no Vaticano, as coisas melhoram”.
Também nesta quarta, o papa criticou a disparidade salarial e disse que as mulheres precisam receber remuneração igual à dos homens por funções iguais e descreveu as disparidades salariais como “uma grave injustiça”.
O pontífice condenou ainda a “praga” da violência contra as mulheres, lembrando um discurso que proferiu em 2021, quando falou de “uma ferida aberta resultante de uma cultura patriarcal e machista de opressão”.
Fonte: Yahoo!