07 de setembro, 2024

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Pantanal fecha 2022 com redução recorde de queimadas

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Depois dos incêndios históricos, o Pantanal renasce e fecha 2022 com redução recorde de queimadas.

Nem parece que uma onça pintada passa por uma das áreas mais atingidas pelos incêndios que causaram destruição por dois anos seguidos.

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Onça pintada passa por uma das áreas mais atingidas pelos incêndios no Pantanal — Foto: Reprodução
Onça pintada passa por uma das áreas mais atingidas pelos incêndios no Pantanal (Foto: Reprodução)

Em agosto de 2021, o fogo no entorno da cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, destruiu tudo e assustou os moradores.

Quase um ano e meio depois, está tudo verde. A vegetação conseguiu rebrotar mesmo sem a cheia, apenas com as chuvas. Cenários assim ajudam a explicar o que os pesquisadores chamam de Manejo Integrado do Fogo, quando as queimadas são controladas e a prevenção e o combate aos incêndios são feitos numa ação coordenada.

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“Quando se queima nessa época da transição chuvosa para seca, essa vegetação rebrota, ela se torna verde. Floresce, frutifica. E ela não vai ter o combustível suficiente para propagar um incêndio de alta intensidade. Então a fauna pode ir para essas regiões como zonas de refúgio, para se abrigar da passagem do fogo”, conta o analista ambiental do ICMBio, Christian Berlink.

Em 2022, durante 182 dias, o Corpo de Bombeiros mobilizou mais de 600 militares que se revezaram em pontos isolados para chegar rapidamente ao fogo.

Resultado: em 2022, foram registrados pouco mais de 1,6 mil focos de calor registrados pelo Inpe. Uma queda de 80% em relação ao ano anterior. Foi o segundo ano com menor incidência de queimadas, ficando atrás apenas de 2014. Os dados são analisados desde 1998.

Essa rede de proteção contou ainda com ajuda de brigadistas do Ibama e voluntários. Hoje existem 18 brigadas comunitárias e outras 10 particulares em fazendas pantaneiras. Além de 5 equipes em terras indígenas.

“Temos que considerar que as distâncias no Pantanal são muito grandes, né? As condições logísticas são difíceis. Então ter equipes preparadas para uma primeira resposta pode fazer uma diferença muito grande em que um incêndio florestal se transforme em um incêndio de grandes proporções”, explica o especialista em conservação do WWF-Brasil, Osvaldo Barassi Gajardo.

“A gente percebeu que se a gente se mobilizar apenas no mês de julho, a gente já mobiliza a equipe no mês crítico. Então a gente vai tentar antecipar isso para junho ou até antes”, diz o superintendente do Ibama em MS, coronel Waldemir Moreiro Júnior.

Fonte: G1

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