17 de novembro, 2024

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Panamá descarta regularizar rota aos EUA que passa por Estreito de Darién

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O governo do Panamá rejeitou, nesta sexta-feira (23), regularizar a passagem de migrantes irregulares pela inóspita floresta do Estreito de Darién, apesar de mais de 240.000 pessoas terem cruzado neste ano este ponto fronteiriço com a Colômbia em seu caminho para os Estados Unidos.

“A floresta de Darién não será uma rota regularizada”, disse a chanceler panamenha, Janaina Tewaney, durante reunião com jornalistas.

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Suas declarações chegam depois de ela se reunir esta semana em Washington com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, para analisar possíveis medidas que freiem o recorde de pessoas que atravessam a perigosa floresta panamenha em seu caminho rumo aos Estados Unidos.

“Não vamos considerar nenhuma rota por Darién, muito pelo contrário, as medidas que serão tomadas são para proteger a floresta de Darién, não para normalizar uma rota que não deve ser normalizada”, assinalou Tewaney.

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Panamá, Colômbia e Costa Rica, com o apoio dos Estados Unidos, buscam estabelecer possíveis rotas migratórias para facilitar um trânsito seguro e regularizado para os migrantes.

A fronteira entre Panamá e Colômbia, de 266 km, se transformou em um corredor para os migrantes irregulares que, provenientes da América do Sul, tentam atravessar a América Central com destino aos Estados Unidos.

Nessa mata virgem de 575.000 hectares, os viajantes enfrentam múltiplos perigos, como animais selvagens, entre eles serpentes venenosas, rios caudalosos e grupos de criminosos.

Segundo dados fornecidos pelo governo panamenho, mais de 243.000 pessoas – dois terços delas venezuelanos – cruzaram esta rota até agora neste ano, um número que supera amplamente os registros do ano passado, quando 133.000 migrantes realizaram a travessia.

Enquanto haitianos e cubanos eram maioria em 2021, neste ano se juntaram a eles os venezuelanos e os equatorianos, e também alguns asiáticos e africanos.

Contudo, os números oficiais indicam que houve uma queda significativa dos venezuelanos, depois que os Estados Unidos decidiram, em outubro, fechar as portas aos migrantes da Venezuela que passaram ilegalmente por Panamá e México.

Washington anunciou que apenas aceitaria 24.000 venezuelanos com uma autorização prévia, que cheguem ao país por via aérea e tenham um patrocinador em solo americano.

Fonte: Yahoo!

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