27 de dezembro, 2024

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Palmira, pérola antiga do deserto sírio

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Joia arqueológica do deserto, reconquistada pelo Exército sírio nesta quinta-feira (2) pela segunda vez em um ano, a cidade de Palmira tem mais de 2.000 anos de antiguidade e está inscrita no Patrimônio Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Palmira caiu nas mãos dos extremistas do Estado Islâmico (EI) pela primeira vez em maio de 2015.

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Em março de 2016, o EI foi expulso da cidade pelo Exército sírio e por seus aliados, mas voltou a ocupá-la em dezembro do mesmo ano.

Cidade antiga e próspera

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Mencionada pela primeira nos arquivos de Mari no segundo milênio antes da era cristã, segundo a Unesco, Palmira era um oásis para as caravanas entre o Golfo e o Mediterrâneo e uma etapa na Rota da Seda.

A conquista romana, a partir do século I a.C. e durante quatro séculos, deu um impulso formidável a Palmira (cidade das palmeiras), cujo nome oficial na Síria é Tadmor (cidade das tâmaras).

Passou a ser um ponto de luxo e exuberância em pleno deserto, graças ao comércio de especiarias, perfumes, seda, marfim e estátuas e ao trabalho de vidro fenício.

A idade de ouro

Em 129, o imperador romano Adriano fez dela uma cidade livre e lhe deu o nome de Adriana Palmira. Nessa época, foram construídos os principais templos, como o de Bel, enquanto o de Baal-Shamin era embelezado e ampliado.

A trindade composta pela divindade babilônica Bel, equivalente a Zeus, Yarhibol (o Sol) e Aglibol (a Lua) era venerada ali antes da chegada do Cristianismo no século II.

A rainha Zenóbia

No século III, aproveitando as dificuldades pelas quais o império romano estava passando, a cidade é transformada em reino. Desafia os persas e a bela Zenóbia se proclama rainha.

Em 270, Zenóbia conquista toda a Síria, parte do Egito e chega até a Ásia menor. Mas o imperador romano Aureliano retoma a cidade, a rainha Zenóbia é levada para Roma, e a cidade declina.

A prisão, símbolo da repressão do regime

Durante o regime de Hafez al-Assad (1971-2000), pai do atual presidente Bashar al-Assad, centenas de detidos na prisão de Palmira foram executados, ou torturados.

Na primeira ocupação de Palmira, o EI explodiu a prisão. Hostil ao governo e ao grupo extremista, a oposição síria no exílio lamenta a destruição desse “símbolo do terror de Al-Assad”.

As destruições do EI

Em 18 de agosto de 2015, o EI, que três meses antes tinha-se apoderado da totalidade de Palmira, decapitou o homem que dirigiu durante meio século o serviço de Antiguidades da cidade, Khaled al-Asaad, de 82 anos.

Menos de uma semana depois, o EI explodiu dois dos mais belos templos de Palmira – Bel e Baal-Shamin. Em setembro de 2015, destruiu várias torres funerárias da cidadela, antes de reduzir a pó o célebre Arco do Triunfo.

Em janeiro de 2017, o grupo destruiu o Tetrápilo, um monumento de 16 colunas construído no século III, e saqueou o teatro romano construído no século I.

O Estado Islâmico considera idolatria estátuas com formas humanas, ou de animais.

Fonte: Yahoo!

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