18 de setembro, 2024

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Paladar da criança começa a se desenvolver cedo, ainda no útero

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O paladar é uma das primeiras formas de conexão do bebê com o mundo, começando a se desenvolver entre a 13ª e 16ª semana de gestação. Embora as pesquisas sobre a relação entre a alimentação materna e as preferências alimentares do bebê sejam relativamente novas – com os primeiros estudos mais aprofundados surgindo nos anos 2000 – as descobertas apontam para a importância de uma dieta equilibrada na gravidez, afirma a ginecologista e obstetra Pamela Marino Dantonio, da Hapvida NotreDame Intermédica. 

Durante esse período, o bebê é exposto aos sabores dos alimentos que a mãe consome, que chegam até ele através do líquido amniótico, apesar de não garantir que isso vá influenciar as futuras escolhas alimentares da criança, explica a ginecologista. “A pouca experiência do bebê com a deglutição do líquido amniótico não garante ao recém-nascido o conhecimento para fazer escolhas alimentares no início da vida”, frisa. Mas ela ressalta que, independentemente disso, é fundamental que grávidas e lactantes sigam uma alimentação equilibrada e variada para manter a saúde materna e para facilitar a introdução alimentar das crianças.

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Com uma filha de um ano e meio e grávida de 16 semanas, a gastrônoma e professora Anna Laura Moreno Bueno sabe da importância de uma alimentação saudável e está ciente de que o sabor do que ela come chega ao bebê no seu ventre. Por isso, esforça-se em ampliar a variedade de alimentos neste período de gestação. 

“Sou formada em gastronomia e amo cozinhar. Busco aumentar ainda mais a variedade de verduras, legumes, frutas e grãos, incluindo até alguns alimentos que não costumava consumir, como chicória. Assim, o bebê vai se familiarizando com os sabores. Reduzo, mas não deixo de comer, com muita moderação, umas guloseimas que amo, como croissant”, conta.

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Anne frisa que teve muito enjoo nos primeiros meses das suas duas gestações. “Não conseguia comer até aquilo que eu amava”, recorda. Mas, passados o período mais delicado, ela seguiu forte com uma dieta diversificada. “Vejo que teve resultado porque a introdução alimentar da Olívia, a minha filha de 1 ano e meio, foi muito fácil. Ela come de tudo”, conta. “Além de poder ajudar na formação do paladar do bebê, uma boa alimentação é importante para a fase de aleitamento, já que o leite materno contém anticorpos que vão para a criança”, acrescenta.

Além disso, Anne acredita que o paladar que a criança desenvolve é fruto de uma união de fatores. “O que comi na gestação, o que evitei e o que ofereço para minha filha no dia a dia faz a diferença no paladar dela. E, também, o que a gente, enquanto adulto, come. Acredito que, se ofereço uma fruta a ela, tenho de comer também. Criança funciona muito na imitação. Minha filha sempre quer comer o que estou comendo. Então, faz muita diferença, positivamente, toda a família ter uma alimentação diversificada e equilibrada”, finaliza.

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