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A COP28, que foi realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos entre 30 de novembro e 13 de dezembro terminou com um acordo entre os governantes presentes sobre um manual de adaptação às mudanças climáticas em áreas como a saúde, a proteção da natureza e a segurança alimentar e hídrica.
Porém, enquanto os países ricos celebravam, os em desenvolvimento, especialmente os africanos, denunciavam a ausência de uma meta para fornecer apoio financeiro e outras formas de ajuda, destaca o Climate Homes News.
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“[O resultado] está repleto de linguagem eloquente, mas lamentavelmente desprovido de compromissos acionáveis”, afirmou a negociadora do Senegal, Madeline Diouf Sarr, que preside o grupo dos países mais pobres do mundo.
Bouzekri Razi, chefe da delegação de Marrocos, advertiu que “estes compromissos permanecerão não cumpridos a menos que sejam apoiados por financiamento adicional”.
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Do outro lado, Chris Bowen, ministro do clima da Austrália, descreveu o acordo como “ambicioso” e Svenja Schulze, ministra do desenvolvimento da Alemanha, como “abrangente”.
O Climate Home News aponta que, embora o projeto afirmasse que os governos se “comprometeriam” a preencher a lacuna no financiamento da adaptação – que as Nações Unidas dizem ser de US$ 194 bilhões a US$ 366 bilhões por ano – o texto final apenas “procura” preenchê-la.
Emilie Beauchamp, do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD, na sigla em inglês), disse ao portal que “houve uma dinâmica desigual na negociação” e os governos recusaram-se a comprometer-se.
Mais dois anos de negociações
O objetivo global de adaptação começou a ser discutido na COP26, em Glasgow, na Escócia, em 2021. Nos últimos dois anos, os negociadores viajaram por todo o mundo e fizeram oito reuniões sobre o tema. Agora, outra rodada de negociação de dois anos será realizada para quantificar as metas até a COP30, que acontecerá no Pará, no Brasil, em 2025.
Fonte: Um Só Planeta – Foto: COP28 / Mahmoud Khaled
