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Os ministros do Meio Ambiente reunidos neste sábado em Montreal avançaram na aplicação do Acordo de Paris sobre o clima, enquanto os Estados Unidos, que pareciam dispostos a suavizar sua posição, voltaram atrás.
“Estamos satisfeitos com o sucesso da nossa reunião” e pela reafirmação que o “Acordo de Paris é irreversível e não negociável”, declarou a ministra canadense da Mudança Climática, Catherine McKenna, durante a coletiva de encerramento do encontro.
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A mensagem foi dirigida aos Estados Unidos, que assinaram o acordo sob o governo de Barack Obama, mas sobre o qual Donald Trump voltou atrás em junho.
Em um primeiro momento, o comissário europeu para o Clima Miguel Arias Cañete afirmou que os Estados Unidos “indicaram que não iriam renegociar o Acordo de Paris, mas que revisariam os termos com os quais poderiam se comprometer sob o acordo”.
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Contudo, horas depois, a presidência americana garantiu que “não há nenhuma mudança na posição dos Estados Unidos sobre o Acordo de Paris”.
“Como o presidente Donald Trump disse claramente em diversas ocasiões, os Estados Unidos se retiram, a menos que termos mais favoráveis ao nosso país sejam incluídos, do Acordo de Paris”, garantiu a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders.
Para o ministro francês, sem se mostrar pessimista ou otimista, alguns estados como Califórnia e grandes cidades, assim como “grandes e pequenos atores econômicos querem compensar com seu dinamismo a freada que poderia supor a atitude da administração Trump”.
Por iniciativa do Canadá, da União Europeia (UE) e da China, esta reunião acontece a cada 30 anos desde a assinatura do Protocolo de Montreal para a Proteção da Camada de Ozônio, “um acordo internacional histórico”, de acordo com Catherine McKenna.
Este protocolo é o exemplo de que “o mundo deve continuar a agir para enfrentar a ameaça das mudanças climáticas”, ressaltou.
“Estamos unidos e devemos agir juntos”, acrescentou McKenna, ao receber ministros e representantes de mais de 30 países, lembrando os últimos eventos meteorológicos: tufões, inundações, furacões, entre outros.
“As mudanças são reais. Os fenômenos climáticos extremos são mais frequentes, mais poderosos e mais destrutivos”, indicou a ministra, dando como exemplo a situação das “crianças em Barbuda, que não têm escola”, depois que o furacão Irma devastou a ilha do Caribe há uma semana.
A fim de respeitar um calendário abalado pela saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Clima (COP21), por decisão do presidente Donald Trump, UE, China e Canadá assumiram a liderança do combate às mudanças climáticas e manifestaram sua determinação de seguir adiante.
“Não é uma discussão burocrática. É uma discussão política, com importantes etapas destinadas a conseguir uma transição para as energias limpas, de modo a deter o aquecimento global”, frisou o comissário europeu para o Clima, Miguel Arias Cañete.
O objetivo é limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5°C até 2050 em comparação com o nível da era pré-industrial.
Para novembro, está programada a próxima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP23) em Bonn, na Alemanha, sob a presidência das Ilhas Fiji.
A UE pretende apresentar propostas a seus Estados-membros, em breve, para reduzir suas emissões de carbono no setor dos transportes, anunciou seu presidente, Jean Claude Juncker, esta semana.
Outro grande emissor de CO2, a China, informou sua intenção de proibir a venda de carros movidos a combustíveis fósseis, um objetivo ambicioso para o primeiro mercado automotivo do mundo.
O Reino Unido também expressou sua intenção de agir na mesma direção, assim como a França, cujo ministro da Transição Ecológica, Nicolas Hulot, declarou sua vontade de proibir a venda de veículos a diesel e gasolina até 2040.
Fonte: Yahoo!