06 maio, 2024

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Pais de bebê morto após médica não prestar socorro são amparados em enterro

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Corpo de Breno foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro (Foto: Carolina Heringer)

O bebê Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e sete meses, que morreu após uma médica não prestar socorro, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, foi sepultado na tarde desta quinta-feira, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Norte. O menino morreu na manhã desta quarta-feira. Breno foi enterrado por volta das 16h.

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Criança morre após médica se recusar a prestar socorro porque acabou seu expediente

Familiares e amigos acompanharam o velório e o sepultamento de BrenoFamiliares e amigos acompanharam o velório e o sepultamento de Breno (Foto: Carolina Heringer/Extra)

Emocionados, os pais da criança, Rhuana Rodrigues e Felipe Duarte, vestiam camisas com o rosto do menino e com a frase “Para sempre nosso campeão”. Familiares e amigos também participaram do velório e do sepultamento e apoiaram os pais do menino. Rhuana está grávida de dois meses.

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Familiares e amigos acompanharam o velório e o sepultamento de BrenoFamiliares e amigos acompanharam o velório e o sepultamento de Breno (Foto: Carolina Heringer/Extra)

A médica que não socorreu Breno foi demitida da Cuidar Emergências Médicas, que presta serviços para o plano de saúde Unimed-Rio. A profissional foi acionada na manhã de quarta-feira para prestar atendimento à criança, que sofria de uma doença neurológica. Ela chegou com a ambulância no condomínio da família, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, mas foi embora com o veículo sem ver o menino, que morreu 1h30 depois.

Familiares e amigos de Felipe e Rhuana apoiaram casalFamiliares e amigos de Felipe e Rhuana apoiaram casal (Foto: Carolina Heringer/Extra)

“É uma médica que atua como prestadora de serviços em nossa empresa, há cerca de 2 anos, sem que, até a presente data, apresentasse qualquer tipo de problemas na ordem técnica e comportamental. É uma profissional treinada e habilitada para atendimentos emergenciais, com formação em anestesia. Esclarecemos que no momento não estamos divulgamos nome e CRM da médica por orientação do Cremerj. Estamos apurando o ocorrido, ressaltando que a colaboradora foi afastada de suas funções de modo definitivo. Outrossim, reiteramos o nosso repudio a atitude apresentada pela profissional”, diz nota da Cuidar Emergências Médicas.

Um vídeo gravado por câmeras de segurança do prédio mostra a médica, dentro da ambulância, rasgando papéis que seriam a guia de internação de Breno. De acordo com o pai da criança, funcionários do condomínio ouviram a profissional gritando que já tinha passado de seu horário e que por isso não iria atender à criança.

— Me falaram que ela gritava que já tinha passado do horário dela e que não era pediatra – disse o pai da criança.

O bebê sofria de uma doença neurológica que provocava epilepsias de difícil controle. Nesta quarta-feira, ele apresentou problemas de digestão, e a ambulância foi chamada para transportá-lo ao hospital.

O pequeno Breno morreu às 10h26 desta quarta-feira. O primeiro chamado para a ambulância havia sido feito às 8h20. O socorro chega ao local por volta das 9h10 e sai às 9h13. As imagens do circuito interno mostram o horário de saída como 10h13. Segundo Felipe Duarte, o computador estava com horário de verão. Ainda de acordo com ele, o socorro foi chamado pela primeira vez pela pediatra responsável pelo tratamento de Breno.

— Ele ficou sete meses internado depois do nascimento. Depois, veio para casa com o home care. Tínhamos enfermeiras 24 horas por dia dando assistência. A epilepsia dele era de difícil controle, mas vinha apresentando melhoras. Já havíamos até dado entrada na Anvisa para a liberação do canabidiol para auxiliar no tratamento. Por causa das regras do home care, não poderíamos levá-lo diretamente ao hospital. Cogitamos isso, mas a Unimed nos dizia que a ambulância estava chegando — contou.

Homenagens são feitas ao pequeno BrunoHomenagens são feitas ao pequeno Bruno (Foto: Carolina Heringer)

A esposa da Felipe, Rhuana Rodrigues, está grávida de dois meses. Ela classificou o que ocorreu como “desumano”.

— Agora eu vou viver com esse “se” para o resto da minha vida: se ela tivesse levado será que o meu filho estaria vivo? Ele morreu uma hora e meia depois. Dava muito tempo de ter levado ele ao hospital. É desumano. Eu abri mão da minha vida para cuidar do meu filho que era especial e agora não tenho mais o meu Breno. Ela negou socorro — disse.

A Unimed-Rio lamentou a morte do bebê e descredenciou a empresa Cuidar. A médica ainda não foi identificada. “A Unimed-Rio lamenta profundamente o falecimento do pequeno Breno Rodrigues Duarte da Silva na manhã desta quarta-feira, 7/6 e vem prestando apoio irrestrito à família nesse momento tão difícil. A cooperativa tomará todas as providências para descredenciar imediatamente o prestador “Cuidar”, pela postura inadmissível no atendimento prestado à criança. Além disso, adotará todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis em razão da recusa de atendimento por parte do prestador de serviço”.

O velório de Breno acontece nesta quinta-feira, no Cemitério São Francisco Xavier, na Zona Norte do RioO velório de Breno aconteceu nesta quinta-feira (Foto: Carolina Heringer)

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) instaurou sindicância para apurar a conduta da profissional. A 16ª DP (Barra da Tijuca) está investigando o caso.

 

Fonte: Extra

 

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