19 de setembro, 2024

Últimas:

Pai chamou a polícia após filho, de 14 anos, confessar que matou menina, de 13 anos, em Araraquara

Anúncios

O adolescente que confessou ter matado a jovem Júlia Peixoto Machado, de 13 anos, foi denunciado à polícia pelo próprio pai, na terça-feira (10), em Araraquara (SP). A informação é do delegado assistente da Delegacia de Investigações Gerais, Edmar Benedito Picollo Junior.

A jovem, que estava desaparecida desde segunda (9), foi encontrada esfaqueada no antigo shopping Tropical, na noite de terça, no bairro do Melhado. Ela levou cerca de 30 facadas, segundo o delegado.

Anúncios

O adolescente, que foi apreendido, alegou que agiu por ‘impulso’ e matou sem motivo. Inicialmente, ele tinha negado envolvimento, mas depois decidiu contar o que fez para o pai.

“Ele resolveu contar para o pai que ele teria assassinado a menina, aí o pai de imediato avisou os policiais. Os policiais retornaram na casa dele. E aí ele acabou confessando e indicando onde estaria o corpo lá nos escombros do antigo Shopping Tropical”, disse o delegado.

Anúncios

A reportagem reuniu abaixo 6 pontos sobre o que se sabe sobre o caso:

Adolescente de 13 anos é encontrada morta em Araraquara (Foto: Arquivo pessoal)

1 – Quando Júlia Peixoto Machado desapareceu em Araraquara?

  • Júlia estava desaparecida desde a manhã de segunda-feira (9) após uma van deixá-la em uma escola do bairro São José. A mãe registrou boletim de ocorrência durante a noite.
  • A jovem não entrou na sala de aula e desde então não foi mais vista ou atendeu o celular. Durante todo o dia, familiares, amigos e até desconhecidos passaram a procurar pela garota e divulgar a foto delas nas redes sociais.
  • Policiais militares e civis realizaram buscas pela jovem durante todo o dia.

2 – Como e onde o corpo dela foi encontrado?

Adolescente de 13 anos é encontrada morta em Araraquara (Foto: Rebeca Branco/EPTV)
  • A polícia foi até a casa do menor que foi apontado como namorado dela. Os policiais perceberam que ele estava mentindo por conta das diferentes versões apresentadas. “Inclusive ele falou que tinha encontrado com ela, mas que depois cada um tinha ido para casa dele que ele não sabia onde ela estava”.
  • Os policiais saíram da casa e o adolescente decidiu confessar para o pai o crime. O homem ligou para a polícia em seguida.
  • “Ele acabou confessando e indicando onde estaria o corpo lá nos escombros do antigo Shopping Tropical. Ele se dirigiram ao local e a menina foi encontrada seminua e com vários ferimentos no peito”, disse. Foram constatadas cerca de 30 facadas, mas a polícia ainda não precisou o número exato de ferimentos pelo corpo.
  • Embaixo do corpo havia um canivete que foi apreendido pela perícia. O menor, no entanto, disse que usou uma faca no assassinato e depois a jogou em um rio, junto com o celular da menina.

3 – Quem é o menor que confessou o crime?

  • O adolescente tem 14 anos e estudava na mesma escola que a vítima. Segundo a polícia, ele contou que teve um relacionamento com a jovem no passado, mas que eles terminaram e depois voltaram.
  • Ele disse que na manhã da segunda eles combinaram um encontro no antigo shopping e não foram para escola. Disse também que teve relações sexuais com a vítima antes de matá-la.
  • Na casa dele foram encontradas roupas manchadas de sangue, que teriam sido lavadas.

4 – Qual foi a motivação do crime?

  • Segundo o delegado Gustavo Maio, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o adolescente disse que agiu por “impulso” e matou a jovem sem nenhum motivo. A polícia não acredita no envolvimento de outra pessoa no crime.

5 – Para onde o adolescente foi levado e por quais crimes vai responder?

  • O menor foi levado para uma unidade da Fundação Casa. Ele vai responder por atos infracionais correspondentes aos crimes de feminicídio e estupro de vulnerável, já que a vítima tinha 13 anos.

6 – Onde será o velório e enterro de Júlia?

  • Júlia será velada e enterrada nesta quarta-feira (11), no Cemitério Municipal de Santa Ernestina, a 54 km de Araraquara. O sepultamento está marcado para as 21h.
  • A Secretaria de Educação do Estado informou que a escola onde Júlia estudava abriu nesta quarta para atividades de acolhimento aos alunos e funcionários, com o psicólogo que atua na unidade para dar o suporte necessário.

Fonte: G1

Talvez te interesse

Últimas

Complexidade nos cálculos e divergências sobre compensação de horas levam trabalhadores a recorrer à Justiça para garantir seus direitos; diretora...

Categorias