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O padre esloveno Marko Ivan Rupnik, artista responsável pelas obras das fachadas com mosaicos gigantes no Santuário Nacional de Aparecida (SP), foi demitido nesta semana pela Companhia de Jesus, ordem religiosa à qual ele integra.
A decisão acontece após uma série de denúncias de religiosas por abusos sexuais e psicológicos ocorridos em um período de mais de 30 anos. Após investigação, os jesuítas determinaram que Rupnik mudasse de comunidade e aceitasse uma nova missão, mas ele se recusou, o que culminou na demissão.
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“Oferecemos uma última oportunidade como jesuíta para fazer as pazes com o seu passado e dar um sinal claro aos muitos feridos que testemunharam contra ele, a fim de para entrar no caminho da verdade. Perante a reiterada recusa de Marko Rupnik em obedecer a este mandato, infelizmente só nos restou uma solução: a demissão da Companhia de Jesus”, diz o comunicado.
O comunicado ainda diz que o padre tem um mês para recorrer da decisão. Em nota publicada na web, o Centro Aletti, ateliê fundado por Rupnik, afirmou que a demissão do padre esloveno é baseada em campanha midiática baseada em acusações difamatórias e não comprovadas.
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Obras no Santuário Nacional
A situação de Rupnik cria um impasse em relação às obras das fachadas com mosaicos gigantes no Santuário Nacional de Aparecida (SP). Durante a investigação, em fevereiro de 2023, o padre já havia sido proibido pela Companhia de Jesus de realizar qualquer obra pública.
O padre esloveno é o artista principal do trabalho que está em andamento desde 2019 e prevê quatro mosaicos para enfeitar as fachadas do maior templo católico do Brasil.
Uma parte, que fica na principal entrada do Santuário Nacional, já foi concluída e inaugurada em 2022. São quatro mil metros quadrados de mosaico com cerca de 50 metros de altura que retratam cenas bíblicas. As pedras usadas no mosaico são do Brasil, França, Grécia e Afeganistão.
A Fachada Sul também foi concluída, mas não foi inaugurada pois há obras na Arcada dos Apóstolos, que fica exatamente ao lado. As outras duas estão programadas para sequência.
A previsão inicial era de que todo o trabalho levasse oito anos, mas houve atrasos na execução por causa da pandemia e não há uma data final estabelecida pela Basílica.
Por nota, o Santuário Nacional de Aparecida informou que acompanha o caso com atenção e aguarda orientações da Igreja. Veja a nota na íntegra:
“As obras de revestimento da Basilica de Aparecida são uma concepção e execução de mosaicistas do Centro Aletti. Como o padre é membro desta instituição, o Santuário Nacional acompanha com atenção o caso e aguarda orientações da Igreja para suas definições”.
Fonte: G1