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O suspeito de agredir o enteado de 4 anos com um chute no peito em Sertãozinho (SP) se apresentou na tarde desta sexta-feira (5) à Polícia Civil. De acordo com o delegado Ildon Pimenta de Pádua, responsável pelo caso, Diego de Souza Valente procurou a delegacia após ser agredido por cinco homens.
Em depoimento, ele afirmou que perdeu a cabeça ao saber que o menino havia sido expulso da escola. De acordo com Pádua, ele não ficará preso, mas um inquérito foi instaurado para apurar o crime de maus-tratos. A denúncia das agressões contra Valente também será investigada.
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A mãe da criança, Gabriela dos Santos Batista, foi levada à delegacia para prestar depoimento.
Flagrante
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A agressão foi registrada na quarta-feira (3) pelas câmeras de segurança de um imóvel no bairro Jardim Jamaica. Um morador testemunhou a cena e denunciou ao Conselho Tutelar.
Nas imagens, o padrasto e a criança param de moto na Rua Yoshinobu Kobata. O menino desce da garupa, usando capacete e uma mochila, parece conversar com o homem e é agredido com um chute no peito pelo padrasto, que continua no veículo.
O menino cai no chão, levanta atordoado e sobe na moto. Em seguida, os dois vão embora.
Suspeito se apresenta à polícia
Valente foi identificado após o vídeo ser divulgado nas redes sociais pelo conselheiro tutelar Rodrigo Clemente. Na noite de quinta-feira (5), ele esteve com uma equipe da Guarda Civil Municipal na casa da família, no Jardim Santa Rosa, mas o suspeito já havia fugido. A mulher dele, mãe do menino, negou as agressões. Entretanto, vizinhos confirmaram os maus-tratos.
No início da tarde desta sexta-feira, Valente se apresentou na delegacia. Segundo o delegado, ele disse que foi agredido por um grupo de cinco homens após ser reconhecido nas imagens.
À polícia, o homem afirmou que perdeu a cabeça ao buscar o enteado na creche, porque foi comunicado que o menino havia sido expulso por causa do comportamento agressivo. Valente também disse que, ao chegar em casa, a criança apanhou da mãe.
Em nota, a Secretaria de Educação de Sertãozinho informou que a criança frequenta as aulas no período matutino em uma escola municipal, mas que não há registros de que ela tenha agredido algum colega ou que tenha sido expulsa.
O delegado afirmou que apesar do vídeo deixar clara a agressão, Valente não será preso. “Nós temos uma investigação a fazer. Nem sempre os fatos chegam às claras, chegam distorcidos. É um fato bastante complicado e demanda uma investigação mais prolongada.”
O menino passou por atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ficará com o pai até o fim das investigações. O irmão dele, um bebê de 6 meses, filho do suspeito, teve a guarda transferida para a avó materna.
Fonte: G1