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Nesta quinta-feira (20), mais precisamente às 6h01 no horário de Brasília, começa o outono no Hemisfério Sul do planeta. A estação, que tradicionalmente é conhecida por chuvas mais escassas e temperaturas amenas, deve ter termômetros marcando números acima da média para o período, afirmam os meteorologistas.
Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, destacou que, apesar da previsão de calor, o Brasil deve ter dias de grande amplitude térmica nestes próximos meses.
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Para abril, a previsão é de temperaturas acima do normal, principalmente nas regiões mais centrais do país e no Nordeste.Tem previsão de muita chuva para o Sul, entre Santa Catarina e o sul do Paraná, e também no leste de São Paulo. No Norte a tendência é de temperaturas entre entre média e um pouco acima da média.
O mês de maio deve ser mais quente, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, com temperaturas acima do normal e chuvas abaixo da média. Apesar da previsão de períodos quentes e secos, ainda não há indicativo de grandes ondas de calor nesse mês. Os meteorologistas esperam chuva volumosa na costa norte, especialmente entre o norte do Pará e o Maranhão.
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Junho, o último mês do outono, deve ter temperaturas um pouco acima da média e tempo mais seco. No Sul, as entradas de ar frio devem ser mais frequentes. As condições de chuva devem ficar na média ou um pouco abaixo da média em boa parte do país.
Nem La Niña, nem El Niño
Especialistas ouvidos pela Globo Rural destacam que a tendência para a estação que chega é de um clima sem influência nem do fenômeno La Niña, nem do El Niño.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), na sigla em inglês, informou nesta semana que as condições típicas de La Niña se mantiveram presentes em fevereiro, mas março já deve ser marcado pela transição para um período neutro. Em períodos de La Niña, o tempo costuma ficar mais seco no Sul do país e chuvoso no Norte e Nordeste. Durante o El Niño acontece o oposto, com estiagem no Norte e Nordeste e tempestades mais para o sul.
Com base nos seus modelos de análise e nas informações da NOAA, a MetSul Meteorologia avalia que as condições atuais já indicam neutralidade, afirma a Globo Rural, o que reforça a avaliação de que nenhum dos fenômenos devem influenciar o clima no Brasil nos próximos meses.
O agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, ressalta, em boletim divulgado em vídeo pela internet, que é relativamente normal a perda de força destes fenômenos no Brasil na virada do verão para o outono, mesmo que sua ocorrência se mantenha mais forte em outras regiões. No decorrer do ano, a depender das condições atmosféricas do Oceano Pacífico, os fenômenos podem voltar a ter uma atuação mais efetiva sobre o Hemisfério Sul.
Fonte: Um Só Planeta – Foto: Pexels
