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O vice-presidente do Parlamento da Venezuela, Edgar Zambrano, deixou a prisão nesta terça-feira (17). O parlamentar, um dos principais oposicionistas do regime de Nicolás Maduro e aliado do autoproclamado presidente Juan Guaidó, passou quatro meses detido acusado de crimes de traição.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, confirmou nesta tarde a soltura do parlamentar oposicionista. No entanto, Zambrano terá de se apresentar às autoridades a cada 30 dias e não poderá deixar o país até o fim do processo.
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Guaidó comemorou nas redes sociais a libertação de Zambrano. “É uma vitória da pressão cidadã, internacional e, como diz [Michele] Bachelet [alta comissária da ONU para Direitos Humanos], não é uma ‘gentileza’ da ditadura’.”
“Dissemos hoje: eles nunca deveriam ter estado atrás das grades. É uma conquista nossa, que não nos rendemos”, escreveu Guaidó.
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Liberación de Zambrano y los presos políticos es una victoria de la presión ciudadana, internacional e informe Bachelet, no una "gentileza" de la dictadura.
— Juan Guaidó (@jguaido) September 17, 2019
Lo dijimos hoy: jamás debieron estar tras las rejas. Es un logro de quienes no nos rendimos.
¡Libertad para Venezuela! pic.twitter.com/q3xBL7hYZW
Um dia antes, o regime chavista chegou a um acordo com pequenos partidos de oposição para tentar resolver o impasse político na Venezuela. Como parte do acordo, o governo pediu ao judiciário que revisasse penas aplicadas a presos políticos.
No entanto, o partido Ação Democrática – o mesmo de Guaidó e Zambrano – repudiou o apoio por considerar que a única saída possível para o fim da crise é a retirada de Nicolás Maduro da presidência venezuelana.
Por que Zambrano estava preso?
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Braço direito de Juan Guaidó, Edgar Zambrano participou da tentativa de levante militar iniciada em 30 de abril para derrubar o regime de Nicolás Maduro. Porém, os planos fracassaram, e o governo chavista cassou a imunidade parlamentar de congressistas da oposição.
Poucos dias depois, guardas do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) cercaram e guincharam o carro onde Zambrano estava em Caracas. De lá, ele foi conduzido ao Helicoide – prédio na capital venezuelana que guarda opositores do regime de Maduro. Dois dias depois, as autoridades levaram o congressista a uma prisão militar.
De acordo com o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela – corte controlada por juízes favoráveis a Maduro –, Zambrano responderá por “delitos de traição, conspiração e rebelião civil”.
Fonte: Yahoo!