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Estiagem prolongada e baixos índices de chuva pressionam mananciais que abastecem a Grande São Paulo.
A onda de calor que atinge o Estado de São Paulo desde a última semana provocou um aumento de até 60% no consumo de água em algumas regiões, segundo a Sabesp. O crescimento da demanda já afeta diretamente os níveis dos mananciais responsáveis pelo abastecimento da Grande São Paulo e levou o Governo de São Paulo a reforçar o alerta para o uso consciente da água.
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O cenário ocorre em um período de um dos menores volumes de chuva registrados nos últimos anos no estado, o que prolonga a estiagem e compromete a capacidade de recuperação das represas que abastecem a Região Metropolitana. Diante dessa combinação de calor intenso e baixa precipitação, as autoridades destacam que a colaboração da população é fundamental para evitar riscos ao abastecimento.
Entre as orientações estão a redução do tempo de banho, a eliminação de desperdícios e a suspensão de usos não essenciais, como encher piscinas, lavar calçadas e utilizar mangueiras para a limpeza de veículos. A recomendação é que o consumo seja priorizado para alimentação e higiene pessoal.
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O Governo de São Paulo informou que acompanha diariamente a situação dos sistemas de abastecimento em conjunto com a Sabesp, que tem realizado manobras operacionais para manter o equilíbrio da distribuição. Como medida preventiva, a companhia também reforçou o fornecimento em áreas específicas, inclusive com o apoio de caminhões-pipa.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, destacou que o consumo responsável deve fazer parte da rotina das famílias, especialmente neste período de escassez hídrica. Segundo ela, cada atitude individual contribui diretamente para a preservação dos níveis das represas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo.
Como parte das ações de gestão hídrica, desde agosto o Governo do Estado, em parceria com a Arsesp, determinou a redução da pressão noturna da água na Região Metropolitana para preservar os mananciais. Inicialmente, a medida foi aplicada entre 21h e 5h. A partir de 22 de setembro, o período foi ampliado, passando a ocorrer das 19h às 5h. De acordo com o governo, a economia gerada equivale a mais de 1,2 milhão de caixas-d’água de 500 litros por dia.
Para auxiliar no controle do consumo, o governo reforça algumas medidas simples no dia a dia. Banhos mais curtos podem reduzir significativamente o gasto mensal de água. A verificação de vazamentos em descargas, o uso consciente da torneira na cozinha, a utilização da máquina de lavar roupas apenas com carga completa e o reaproveitamento da água descartada na lavagem também ajudam a diminuir o consumo. Em áreas externas, a orientação é substituir mangueiras por vassouras e utilizar balde para lavar veículos.
As autoridades alertam que o uso consciente da água neste período é essencial para garantir a regularidade do abastecimento e evitar medidas mais restritivas nos próximos meses.
