20 de novembro, 2024

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OMS sobe para até 300 minutos o tempo de atividade física semanal indicado para combater riscos do sedentarismo

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Aumentar os minutos de atividade física moderada ao longo da semana para combater o risco de morte precoce associado ao sedentarismo. É isso que indica a Organização Mundial da Saúde (OMS), em novas diretrizes globais sobre atividade física e comportamento sedentário, publicadas nesta quarta-feira (25) no “British Journal Of Sports Medicine”.

A OMS recomenda que os adultos aumentem o tempo de atividade física semanal para 300 minutos – até uma hora de exercícios por cinco dias ou 40 minutos por sete dias – ou façam 150 minutos de atividade física intensa por semana, quando não tiver contraindicação.

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A última diretriz da organização, de 2010, se concentrava em alcançar “pelo menos” 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de exercício de alta intensidade por semana.

“Essas diretrizes especificam um intervalo de 150-300 minutos de intensidade moderada e 75-150 de atividade física de alta intensidade. As diretrizes de 2010 se concentravam em alcançar pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade alta por semana”, informa a OMS.

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Impacto na saúde

A OMS explica que a atividade física traz muitos benefícios para a saúde e reduz riscos de mortalidade por doença cardiovascular, hipertensão, diabetes tipo 2, além de ser importante para a saúde mental, saúde cognitiva e sono.

“Estimativas globais mais recentes mostram que um em cada quatro adultos e 81% dos adolescentes não atendem às recomendações para exercícios aeróbicos, conforme descrito nas recomendações globais de 2010. Há uma necessidade de aumentar a prioridade e direcionar investimentos para promover a atividade física”, diz a nova diretriz.

A nova pesquisa, que envolveu mais de 44 mil pessoas de quatro países e 40 cientistas de todo o mundo, revelou que a alta taxa de sedentarismo (10 horas ou mais por dia) está ligada a um risco significativamente de morte, particularmente entre as pessoas fisicamente inativas.

Não há evidências para classificar o comportamento sedentário, mas as pessoas devem tentar limitar o tempo sedentário diário e substitui-lo por atividades físicas, alertam as diretrizes. O documento reforça que toda atividade física conta e é boa para a saúde a longo prazo.

As novas diretrizes abordam crianças e adolescentes (com idades entre 5 e 17 anos), adultos (com idades entre 18 e 64 anos), idosos (com 65 anos ou mais) e incluem novas recomendações para mulheres grávidas e puérperas e pessoas que vivem com doenças crônicas ou incapacitadas.

Principais recomendações

  • Os adultos devem fazer de 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada, ou de 75 a 150 minutos de exercício de intensidade forte, ou alguma combinação equivalente todas as semanas.
  • Os adultos também devem realizar atividades de fortalecimento muscular em intensidade moderada ou alta em dois ou mais dias da semana.
  • Reduza o comportamento sedentário e tente exceder as recomendações semanais para compensar os danos à saúde.
  • Os idosos devem realizar atividades físicas que enfatizem o equilíbrio funcional e o treinamento de força em intensidade moderada ou alta em três ou mais dias da semana.
  • As gestantes e puérperas devem praticar atividades físicas regulares durante a gravidez e após o parto. Alongamento suave também pode ser benéfico.
  • Crianças e adolescentes devem fazer pelo menos uma média de 60 minutos por dia de atividade física de intensidade moderada a alta. Atividades que fortalecem os músculos e ossos devem ser feitas pelo menos três vezes por semana.

A coeditora e líder de desenvolvimento nas diretrizes, Fiona Bull, alerta que os governos precisam investir em ações que estimulem a atividade física.

“As estimativas globais mais recentes mostram que um em cada quatro (27,5%) adultos e mais de três quartos (81%) dos adolescentes não atendem às recomendações para exercícios aeróbicos, conforme descrito nas Recomendações Globais de 2010”.

Veja o resumo das diretrizes por grupos

A OMS explica que a recomendação vale para toda a população a partir de cinco anos de idade. Pessoas com condições crônicas, com deficiência e mulheres grávidas e puérperas devem atender às orientações sempre que possível.

Crianças e adolescentes (com idade entre 5 e 17 anos)

  • Crianças e adolescentes devem fazer pelo menos uma média de 60 minutos de atividade intensa moderada a alta por dia.
  • Atividades aeróbicas de alta intensidade, assim como as que fortalecem os músculos e ossos devem ser feitas pelo menos três dias por semana.

Adultos (com idade entre 18 e 64 anos)

  • Todos os adultos devem praticar atividade física regular.
  • Os adultos devem fazer de 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada, ou de 75 a 150 minutos de exercício de intensidade forte, ou alguma combinação equivalente todas as semanas.
  • Os adultos também devem realizar atividades de fortalecimento muscular em intensidade moderada ou alta em dois ou mais dias da semana.
  • A OMS recomenda que os adultos aumentem a atividade física de intensidade moderada para 300 minutos ou façam 150 minutos de atividade de intensidade alta por semana.

Idosos (65 anos ou mais)

  • Atividades físicas ajudam a prevenir quedas e lesões relacionadas à diminuição da saúde óssea e capacidade funcional.
  • Idosos devem praticar atividades variadas que priorizem o equilíbrio funcional e o treinamento de força em intensidade moderada ou maior, três ou mais vezes por semana.

Gestantes e puérperas

  • Atividades durante a gravidez e no período pós-parto trazem benefícios como: redução do risco de pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, diabetes gestacional, complicações no parto, depressão pós-parto.
  • Realizar atividade física regular durante a gravidez e pós-parto.
  • Fazer pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada durante a semana.
  • Incorporar uma variedade de atividades aeróbicas e de fortalecimento muscular.
  • Mulheres que, antes da gravidez, costumavam praticar atividade de alta intensidade podem continuar durante a gestação e período pós-parto.

Fonte: G1

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