23 de setembro, 2024

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Observatório de Astronomia da Unesp fotografa crateras durante ‘Lua Cheia Rosa de Páscoa’

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Pesquisadores do Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru (SP) fotografaram crateras lunares, formadas há centenas de milhões de anos, durante a Lua Cheia desta quinta-feira (6).

Lua Cheia foi registrada por pesquisadores do Observatório de Astronomia da Unesp em Bauru (SP) (Foto: Observatório de Astronomia da Unesp em Bauru/Divulgação)

Os registros foram feitos no dia da Lua Pascal, a partir da qual se calcula a data da Páscoa no calendário cristão. De acordo com a tradição, o feriado cristão da Páscoa é celebrado no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte.

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Lua Pascal também é chamada de “Lua Cheia Rosa”, nome dado por povos nativos dos Estados Unidos porque a flor desabrocha nessa época do ano. Apesar disso, a Lua não tem mudança de cor.

As fotos do Observatório, realizadas pelo grupo durante uma sessão de treinamento do programa de formação de monitores, destacam as crateras Langrenus e Messier.

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Observatório de Astronomia da Unesp registra crateras Langrenus e Messier durante Lua Cheia (Foto: Observatório de Astronomia da Unesp em Bauru/Divulgação)

A cratera Langrenus possui 132 km de diâmetro e profundidade máxima de quase 5 km. Segundo o professor Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório, ela foi criada após um impacto ocorrido há centenas de milhões de anos.

“Ela possui um pico central formado durante a colisão, quando foi liberada uma energia tão alta que liquefez o solo, elevando material do subsolo lunar e criando esse pico, que solidificou logo em seguida”, explica.

A cratera dupla Messier, que aparece acima da Langrenus na imagem, pode ter sido formada por um impacto rasante. Na ocasião, um objeto colidiu na superfície da Lua em um ângulo muito baixo, sofrendo, logo em seguida, um rebote, caindo novamente e formando a segunda abertura.

“É possível visualizar o material do solo lunar espalhado em duas linhas retas paralelas pelo chão da Lua por causa dessa colisão rasante. Parece a cauda de um cometa”, diz Rodolfo.

Uma das crateras possui dimensões de 14 km por 9 km, com profundidade de cerca de 2 km. A outra cratera mede 15 km por 11 km, com profundidade de 2,3 km.

De acordo com o professor, embora essas crateras tenham sido criadas há milhões de anos, elas praticamente continuam do mesmo jeito que foram formadas, pois na Lua não há vento, chuva ou outras intempéries que provoquem erosão ou desgaste em na superfície.

A foto foi obtida pela equipe do Observatório por meio de uma câmera especial para astrofotografias acoplada a um telescópio do tipo Maksutov.

Fotografia do Observatório de Astronomia em Bauru (SP) foi feita por meio de telescópio do tipo Maksutov (Foto: Observatório de Astronomia da Unesp em Bauru/Divulgação)

Fonte: G1

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