27 de novembro, 2024

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O que são os raríssimos ‘duendes vermelhos’ do Deserto do Atacama

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Os “duendes vermelhos” que foram observados recentemente a partir de uma estação científica no Chile sempre foram muito difíceis de avistar.

Mas o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), no deserto do Atacama, conseguiu registrar em imagem o fenômeno popularmente conhecido como “duendes atmosféricos vermelhos” (red sprites).

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Evento conhecido como "duendes vermelhos" no deserto do Atacama, no Chile — Foto: ESO/via BBC
Evento conhecido como “duendes vermelhos” no deserto do Atacama, no Chile (Foto: ESO/BBC)

A imagem mostra as linhas verticais avermelhadas e brilhantes captadas pelo Observatório de La Silla, do ESO — que, apesar do nome mitológico, têm uma explicação meteorológica.

“Trata-se de uma forma de relâmpago que acontece bem acima das nuvens de tempestade, descarregando eletricidade na atmosfera da Terra a uma altitude de 50 a 90 km”, explica o ESO.

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“Além de ocorrer muito mais alto no céu do que os relâmpagos normais, são mais frios do que os relâmpagos brancos que costumamos ver e parecem ser muito mais fracos”, acrescenta.

Embora possa ocorrer esporadicamente sob condições atmosféricas adequadas, é um fenômeno raramente capturado em imagem.

Só em 1989 que se conseguiu o primeiro registro fotográfico deste fenômeno, de acordo com o ESO. Por muito tempo, sua aparição deu origem a inúmeras histórias populares sobrenaturais que renderam a ele o nome de “duendes vermelhos”.

Uma visão dupla

A escuridão do deserto do Atacama faz com que seja um local ideal para observar o universo, razão pela qual vários telescópios e observatórios estão instalados ali.

Mas esta falta de poluição luminosa também favorece o avistamento de fenômenos na Terra, como os “duendes vermelhos”.

O Observatório de La Silla está idealmente posicionado para observar fenômenos no espaço e na Terra — Foto: ESO/via BBC
O Observatório de La Silla está idealmente posicionado para observar fenômenos no espaço e na Terra (Foto: ESO/BBC)

Na fotografia publicada pelo ESO nesta semana também aparece uma tonalidade esverdeada no horizonte conhecida como luminescência atmosférica (airglow), outro fenômeno que se combina com os “duendes vermelhos”.

“Durante o dia, a luz do Sol afasta os elétrons do nitrogênio e do oxigênio da atmosfera da Terra e, à noite, esses elétrons se recombinam com átomos e moléculas, fazendo-os brilhar”, explica o ESO.

“Normalmente, a luminescência atmosférica só pode ser vista em céus muito escuros, onde não há poluição luminosa”, acrescenta.

Fonte: BBC

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