29 de setembro, 2025

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O que revela coleção de moedas de 1.600 anos desenterrada em túneis em Israel

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Arqueólogos israelenses descobriram um raro acervo de moedas de cobre com cerca de 1.600 anos em um complexo subterrâneo na região da Galileia, norte de Israel. O tesouro, composto por 22 moedas, foi encontrado em uma fenda dentro dos túneis do assentamento de Hukok, uma rede escavada que serviu como esconderijo para comunidades judaicas em períodos de perseguição e conflito contra o Império Romano.

A descoberta divulgada no domingo (21) será analisada em detalhes em um estudo que deve ser publicado na próxima edição do periódico Israel Numismatic Research. As moedas trazem representações dos imperadores Constâncio II (337–361 d.C.) e Constante I (337–350 d.C.), o que indica que foram escondidas durante a chamada Revolta de Galo (351–352 d.C.).

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O tesouro de moedas de cobre foi descoberto em um complexo subterrâneo na Galileia. (Foto: Emil Aladjem/Autoridade de Antiguidades de Israel)

Por que Revolta do Galo?

Pouco mencionada em registros históricos, a Revolta de Galo é a última grande revolta judaica contra o domínio romano na região. A revolta é nomeada em homenagem a Constâncio Galo, primo do imperador Constâncio II e responsável pelo governo das províncias orientais do império.

Diferente das rebeliões anteriores, que foram massivas e bem documentadas, essa batalha foi menor e rapidamente suprimida com extrema violência pelas legiões romanas, que queimaram e destruíram várias cidades judaicas.

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Segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), a descoberta dasmoedas oferece uma evidência rara e significativa de que os túneis, originalmente construídos durante a Grande Revolta (66–70 d.C.) e reutilizados na Revolta de Bar-Kochba (132–135 d.C.), voltaram a servir como refúgio séculos depois, em um novo momento de crise.

“Isso mostra que centenas de anos após a escavação desses túneis, eles foram reutilizados”, afirmaram o arqueólogo Uri Berger, da IAA, e o professor Yinon Shivtiel, do Zefat Academic College, ao sie Live Science.

Os pesquisadores acreditam que o dono iria buscar as moedas após a revolta (Foto: Emil Aladjem/Israel Antiquities Authority)

Os túneis subterrâneos de Hukok não eram apenas refúgios militares. Os pesquisadores acreditam que o local também permitia às comunidades manter práticas religiosas e rituais cotidianas longe da vigilância das autoridades romanas, o que reforça a importância simbólica e cultural do sítio.

“Parece que as pessoas que guardavam este tesouro planejaram cuidadosamente seu esconderijo, na esperança de retornar a ele quando os problemas ameaçadores passassem”, disseram Berger e Shivtiel. “As moedas foram descobertas em um poço, cavado propositalmente no final de um túnel estreito e sinuoso”.

Fonte: Galileu

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