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Uma campanha perfeita, grandes atuações e a reconquista da hegemonia no voleibol mundial. O Brasil não deu chance para os adversários e faturou o título da Copa do Mundo de Vôlei, em competição disputada no Japão entre os meses de setembro e outubro. A conquista veio com uma rodada de antecedência, com vitória sobre os donos da casa por 3 sets a 1. Na última rodada, jogando com os reservas, os comandados de Renan Dal Zotto ainda atropelaram a Itália por 3 sets a 0 e fecharam com chave de ouro o torneio.
Chave de ouro mesmo! Foram 11 partidas disputadas e 11 vitórias, com apenas cinco sets perdidos durante toda a competição. Este é o terceiro título brasileiro na Copa do Mundo, torneio que já venceu em 2003 e 2007. Como é disputada em quatro anos e sempre um ano antes da Olimpíada, a seleção estava a duas competições sem vencer (2011 e 2015) até a atual conquista. Todos as probabilidades das apostas em vôlei, indicavam o Brasil como favorito antes do torneio, o que acabou realmente acontecendo.
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O título da Copa do Mundo representa muito para uma Seleção que busca reconquistar seu lugar entre as maiores potências do esporte. Desde a saída do técnico Bernardinho, após a conquista do ouro olímpico no Rio de Janeiro em 2016, o Brasil não vencia um torneio grande. Sob o comando de Renal Dal Zotto, o time foi vice-campeão da Liga Mundial de 2017 e também levou a prata no Campeonato Mundial de 2018. Na Liga das Nações (antiga Liga Mundial) ficou em quarto lugar em 2018 e 2019. Neste período, o time foi campeão sul-americano em 2017 e também este ano, vencendo a Argentina na final, além de ter levado a Copa dos Campeões de 2017, eventos de menor relevância se comparados com a Copa do Mundo.
Este é o primeiro título grande da “Era Renan”. O treinador comemorou muito a
conquista no Japão. “Muito feliz com a conquista do título. Desde a primeira
coletiva de imprensa, reafirmei a importância deste campeonato para o Brasil,
uma competição tradicional, onde sempre chegamos fortes. O time está de
parabéns”, disse o comandante brasileiro, que ainda fez questão de mencionar o
sucesso do seu planejamento. “Esse ano o Brasil
decidiu focar em duas competições: o Pré-Olímpico, onde conquistamos a vaga
para os Jogos Olímpicos de Tóquio, e a Copa do Mundo, que fomos campeões. Nas
outras competições demos espaço para os mais jovens porque era necessário
manter a renovação, que começamos no ano passado”, finalizou Renan Dal Zotto.
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Alan, o MVP
A Seleção Brasileira praticou o melhor voleibol da Copa do Mundo. Muitos jogadores do Brasil se destacaram, mas um deles foi simplesmente essencial. Eleito o melhor jogador da Copa, o MVP Alan foi o “cara” na competição. O oposto de 25 anos fez sua primeira temporada com a Seleção e já entrou para a história como destaque do time brasileiro.
O curioso é que Alan não foi convocado de primeira. Ele acabou substituindo o lesionado Wallace, campeão olímpico de 2016. Entrou no grupo, se tornou titular no decorrer da competição e foi o melhor jogador brasileiro na Copa do Mundo. Feliz, o atleta ainda não acredita no que aconteceu.
“A ficha ainda não caiu. É o meu primeiro ano aqui na seleção e já consegui conquistar bastante coisa. Para mim está sendo muito importante toda essa experiência e estar com todo esse pessoal, que é extremamente importante dentro do voleibol, que fez e ainda faz história”, disse o jogador.
Além de Alan, a seleção do mundial ainda conta com central Lucão e o líbero Thales.
Rumo à Tóquio
Atual campeã olímpica, a Seleção Brasileira vai para a Olimpíada de Tóquio com moral elevada após a conquista da Copa do Mundo. Tudo bem que a competição teve algumas “aliviadas” como a utilização de times mistos de Polônia e Itália, que priorizaram o Campeonato Europeu, mas nada tira o mérito do Brasil, dono de uma campanha impecável e com jogadores praticando um voleibol de alto nível.
O Brasil vai em busca do tetracampeonato olímpico no Japão como um dos favoritos ao título. Junto com a Seleção, podemos mencionar mais cinco equipes: Itália, Polônia, Estados Unidos, Rússia e Holanda. Os Jogos Olímpicos do Japão acontecem entre os dias 24 de julho e 9 de agosto de 2020.
Foto: Divulgação FIVB