04 de março, 2025

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O brilho secreto das aves-do-paraíso: biofluorescência pode influenciar acasalamento

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Aves-do-paraíso brilham para atrair parceiros. A descoberta foi feita por cientistas do Museu Americano de História Natural e da Universidade de Nebraska-Lincoln, dos Estados Unidos. Eles realizaram um estudo baseado em 45 espécimes do Museu coletados desde 1800, e encontraram biofluorescência (fenômeno que ocorre quando um organismo absorve luz, a transforma e a emite como uma cor diferente) em 37 delas.

“Os rituais de acasalamento e exibições únicas de aves-do-paraíso fascinaram cientistas e estimularam uma miríade de estudos focados na evolução de características e seleção sexual”, disse a autora principal Rene Martin, professora assistente na Universidade de Nebraska-Lincoln, em declaração. “Parece apropriado que essas aves chamativas estejam provavelmente sinalizando umas às outras de maneiras adicionais e chamativas.”

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Um Lophorina victoriae, um dos pássaros-do-paraíso (Família Paradisaea), nativo da Austrália, em sua elaborada exibição de dança de acasalamento — Foto: Getty Images
Um Lophorina victoriae, um dos pássaros-do-paraíso (Família Paradisaea), nativo da Austrália, em sua elaborada Um Só Planeta)

Neste trecho do documentário Nosso Planeta, do naturalista britânico , podemos assistir a beleza dos rituais de acasalemento destes pássaros:

No novo estudo sobre o aspecto de biofluorescência, a equipe de cientistas dos EUA estudou as espécies preservadas do Museu usando uma configuração de fotografia especializada com luzes UV e azul, e registrou os comprimentos de onda e a cor da luz emitida pelas penas.

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Os resultados, publicados no periódico Royal Society Open Science, revelaram que machos de 21 espécies apresentaram biofluorescência em partes de sua plumagem, como penas da cabeça, pescoço, barriga, cauda ou em lóbulos carnudos conhecidos como barbelas faciais. Além disso, essas espécies e mais 16 adicionais apresentaram – ou foram consideradas propensas a apresentar – biofluorescência na parte interna da boca e da garganta.

No caso das fêmeas, a biofluorescência foi identificada em 36 espécies, aparecendo no peito e na barriga ou nas penas que formam uma faixa ocular na lateral da cabeça.

As penas de uma ave-do-paraíso imperador macho brilham em um tom verde-amarelo (Foto: Rene Martin/ Museu Americano de História Natural)

Fenômeno é mais proeminente nos machos

Os cientistas disseram que a luz emitida variou de comprimentos de onda de azul-claro ou azul-petróleo a verde e verde-amarelo, e isso foi proeminente nos machos, estando ligado à ideia de que as penas brilhantes são usadas para atrair parceiros.

“Os machos das aves-do-paraíso geralmente têm essas manchas próximas à plumagem preta [ou] escura, então o efeito adicional da biofluorescência pode ajudar a tornar essas áreas de sinalização ainda mais brilhantes ao serem usadas durante exibições [de cortejo]”, acrescentou Martin.

Em fêmeas, no entanto, o fenômeno pode ter uma função diferente. “A localização e os padrões de plumagem biofluorescente de muitas espécies estão muito mais alinhados com seu possível uso como camuflagem”, apontou a cientista.

Segundo ela, a pesquisa lança nova luz sobre as aves bem estudadas. “Mesmo um grupo carismático como as aves-do-paraíso, que foram estudadas extensivamente, ainda pode oferecer novos insights sobre visão, comportamento e morfologia”, completou.

Fonte: Um Só Planeta

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