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O número de protestos ao redor do mundo mais do que triplicou nos últimos 15 anos, segundo o estudo “Protestos Mundiais – Um estudo das principais questões de protesto no século 21”, divulgado nesta quinta-feira (4).
Além disso, alguns dos movimentos recentes estão entre os maiores já registrados – e as manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, no Brasil, aparecem ao lado de marchas do Black Lives Matter, nos Estados Unidos, e ações de fazendeiros indianos, em 2020, como exemplos citados pelos autores Isabel Ortiz, Sara Burke, Mohamed Berrada e Hernán Saenz Cortés.
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Os autores analisaram mais de 900 movimentos ou episódios, entre os anos de 2006 e 2020, em 101 países e territórios, pesquisando meios de comunicação em sete idiomas diferentes.
No primeiro ano estudado, foram apenas 73 ocorrências, contra 251 no último.
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Comparando números, eles chegaram à conclusão de que o período histórico atual se assemelha a temporadas próximas a anos famosos como 1848, 1917 e 1968, “Quando um grande número de pessoas se rebelou contra o modo como as coisas eram, exigindo mudanças”, justificam.
E a principal demanda pode ser resumida ao que chamam de fracasso da democracia, que responde por 54% dos protestos, causados por uma percepção de que o sistema político vigente ou sua representação não cumpriam seu papel.
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Os protestos aumentaram em todas as regiões do mundo, constataram, e um ponto comum é que a grande maioria dos governantes não respondeu adequadamente às exigências dos manifestantes.
Desigualdades, corrupção e falta de oportunidades são as causas mais frequentes para as mobilizações, mas questões ambientais, racismo, justiça ética e igualdade de gênero também passaram a atrair mais gente às ruas.
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Os autores ressaltam ainda que nem todos os manifestantes promovem uma agenda positiva, e que também os protestos para negar direitos a minorias aumentaram, citando movimentos como os anti-imigração europeus e os de extrema-direita nos Estados Unidos, como o grupo que participou da invasão ao Congresso em 6 de janeiro deste ano.
Os autores do estudo são parte de uma equipe de pesquisadores do think tank alemão Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) e da Initiative for Policy Dialogue, uma organização sem fins lucrativos com sede na Universidade de Columbia
Fonte: Yahoo!