28 de novembro, 2024

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Novo estudo sugere que Terra está vivendo sétima extinção em massa — e não a sexta

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De tempos em tempos, a Terra vive períodos de extinção massiva de espécies. Nos últimos 500 milhões de anos, nosso planeta vivenciou cinco grandes eventos que levaram ao desaparecimento de muitos organismos diferentes como resultado de mudanças no ambiente. A maioria dos dinossauros desapareceu há 66 milhões de anos, no final do período Cretáceo. Antes disso, a maioria das criaturas da Terra foi extinta entre os períodos Permiano e Triássico, cerca de 252 milhões de anos atrás.

Atualmente, os cientistas têm alertado para a sexta extinção em massa que, diferentemente das anteriores, é um reflexo da ação predatória e insustentável da espécie humana, que tem alterado o meio ambiente natural de forma nunca antes vista. Mas, segundo um novo estudo, a extinção que estamos presenciando neste momento é o sétimo processo do tipo, e não o sexto. Pesquisadores da Universidade da California e da Virginia Tech sugerem que uma outra extinção em massa, até então pouco reconhecida, ocorreu há 550 milhões de anos.

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Criaturas do período Ediacarano: primeira extinção em massa ocorreu há 550 milhões de anos, mostra estudo.
Criaturas do período Ediacarano: primeira extinção em massa ocorreu há 550 milhões de anos, mostra estudo. (Foto: Smithsonioan Institution)

A descoberta, publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, refere-se ao que teria sido a primeira extinção em massa de animais, ocorrida no período Ediacarano, última era que antecede a explosão de vida multicelular ocorrida no Cambriano (entre 541 e 485 milhões de anos), quando surgiram nos mares todas as linhagens biológicas originais das quais descendem os animais.

Os pesquisadores acreditam que as mudanças ambientais foram responsáveis ​​pela perda de aproximadamente 80% de todas as criaturas de Ediacara, que foram as primeiras formas de vida multicelulares complexas do planeta. “Registros geológicos mostram que os oceanos do mundo perderam muito oxigênio durante esse período, e as poucas espécies que sobreviveram tinham corpos adaptados para ambientes com menos oxigênio”, disse Chenyi Tu, paleoecologista da UCR e coautor do estudo em comunicado.

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Segundo o estudo, as criaturas do Ediacarano seriam consideradas estranhas pelos padrões de hoje. Muitos dos animais podiam se mover, mas eram diferentes de tudo que conhecemos atualmente. Entre eles estavam o Obamus coronatus, uma criatura em forma de disco batizada em homenagem aos ex-presidente dos EUA, Barack Obama, e o Attenborites janeae, um minúsculo ser oval semelhante a uma passa com o nome do naturalista inglês Sir David Attenborough.

Embora não esteja claro por que os níveis de oxigênio caíram tão vertiginosamente no final da era, está claro que a mudança ambiental pode desestabilizar e destruir a vida na Terra a qualquer momento. “Nada está imune à extinção. Podemos ver o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas e devemos observar os efeitos devastadores enquanto planejamos o futuro”, disse o geólogo Phillip Boan, coautor do estudo.

Fonte: Um Só Planeta

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