02 de novembro, 2025

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Novo estudo revela como baleia que vive mais de 200 anos pode desvendar segredos da longevidade

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As baleias-da-Groenlândia estão entre os seres mais longevos do planeta. Algumas vivem mais de 200 anos e raramente desenvolvem câncer ou outras doenças associadas à idade. Agora, cientistas acreditam ter descoberto o porquê.

Um estudo publicado nesta semana na revista Nature aponta que o segredo da longevidade desses gigantes do Ártico pode estar em uma proteína ativada pelo frio, chamada CIRBP, responsável por reparar danos no DNA e manter o organismo estável por mais tempo. A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA), pode impactar o estudo do envelhecimento humano.

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Groelândia é rodeada pelo Oceano Glacial Ártico ao norte e pelo Oceano Atlântico ao sul e leste (Foto: Divulgação)

“Todos sabiam que a baleia-da-Groenlândia tinha uma vida extraordinariamente longa, mas ninguém entendia o motivo”, disse o biólogo molecular Zhiyong Mao, da Universidade Tongji, na China, à Nature, em matéria publicada perla revista Revista Smithsonian.

“Melhorar o reparo do DNA para manter a estabilidade genética é uma estratégia poderosa para alcançar essa longevidade extrema”, ressaltou Mao.

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Vista aérea de uma baleia-da-groenlândia, Balaena mysticetu. (Foto: Divulgação)

Para obter amostras celulares das baleias, os pesquisadores contaram com a colaboração de pessoas autorizados a caçar a espécie. Como as células precisavam permanecer vivas, o material foi transportado em caixas térmicas até o laboratório em Rochester.

Os experimentos mostraram que as células das baleias acumulam menos mutações genéticas do que as humanas — o que reduz a chance de formação de tumores. A CIRBP é a principal responsável por essa proteção. Quando o gene da baleia foi inserido em células humanas, a capacidade de reparar o DNA aumentou. Em moscas, o mesmo gene prolongou a vida e aumentou a resistência à radiação.

Os cientistas agora estudam como ativar a produção da CIRBP em mamíferos, começando por testes em ratos. Uma das hipóteses é que a exposição ao frio pode estimular naturalmente a proteína, já que o gene é ativado em baixas temperaturas.

“A natureza é um laboratório vivo”, disse geneticista da Universidade da Califórnia em Berkeley, Peter Sudmant, ao New York Times. “Podemos encontrar nelas pistas incríveis para desenvolver novas terapias”, concluiu.

Proteína ativada pelo frio pode ajudar vida longa das baleias-da-Groenlândia, revela pesquisa publicada na revista científica Nature (Foto: Vicki Beaver/Centro de Ciências da Pesca do Alasca/NOAA Fisheries)

Fonte: Um Só Planeta

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