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Uma criança no colo da mãe e duas irmãs unidas em um abraço contorcido.
As cenas, congeladas no tempo, representam um dos registros mais conhecidos sobre a tragédia que se abateu sobre os residentes de Pompeia, em 79 d.C.
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Agora, um estudo arqueológico publicado na revista Current Biology na última quinta-feira (7) contraria as narrativas mais estabelecidas sobre aquelas vítimas, abrindo a possibilidade de novas interpretações sobre o evento histórico.
Através da coleta de DNA e outros compostos químicos presentes estrutura óssea remanescente, o grupo de pesquisadores da Itália, Estados Unidos e Alemanha concluíram que nenhuma das figuras tinham laços familiares entre si.
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Além disso, ao menos três das quatro figuras descritas tratavam-se, na verdade, de homens.
O estudo é o último desdobramento de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2022, quando cientistas sequenciaram, pela primeira vez, o genoma de uma das vítimas do vulcão.
Com isso, eles puderam confirmar que era possível colher material genético vindo de restos mortais escassos.
Estudo também revela origem diversa de habitantes de Pompeia
A coleta e análise do material genético dos restos petrificados também confirmaram que os cidadãos da cidade de Pompeia tinham origens diversas, mas primariamente descendendo de imigrantes do Mediterrâneo Oriental.
Ainda de acordo com o trabalho, a diversidade étnica da cidade ressalta a ampla circulação cultural que existia dentro dos domínios do Império Romano.
Pompeia se manteve “escondida” por cerca de 1600 anos, até ser reencontrada por acaso em 1748.
A lama petrificada e as cinzas do vulcão protegeram as construções e objetivos das intempéries, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção.
Fonte: G1