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Como o vaga-lume brilha? Essa é uma questão que sempre intrigou cientistas e curiosos, e, apesar da evolução do conhecimento, da ciência e da tecnologia, não se tinha uma resposta para ela. Mas, agora, há algumas pistas.
Em um novo estudo publicado esta semana na revista científica Nature Communications, os pesquisadores chineses Xinhua Fu, da Faculdade de Ciência e Tecnologia Vegetal da Universidade Agrícola de Huazhong, e Xinlei Zhu, do Centro de Pesquisa de Conservação de Vaga-Lume, descodificaram o genoma do vaga-lume aquático (Aquatica leii), encontrado em arrozais na China.
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Fu descobriu a espécie e a estuda desde 2000. Ele, inclusive, estabeleceu uma colônia em cativeiro no laboratório, que produz até 600 mil indivíduos por ano. Essa população, segundo reportagem da National Geographic, o permitiu intensificar a pesquisa sobre a janela de tempo exata de 24 horas logo após a formação da pupa, que é quando insetos deixam de ser larva, mas ainda não se tornaram adultos, e quando os seus órgãos de luz se desenvolvem.
No experimento recente, os dois cientistas começaram a ajustar o genoma de vaga-lumes machos para ver qual efeito era causado pela desativação ou eliminação de certos genes. Eles constataram que, durante a pupação (ato de emergir do caso pupal), são ativados os genes Alabd-B e AlUnc-4, responsáveis por fazer com que a “lanterna” dos adultos se desenvolva na posição adequada dentro do abdômen.
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A descoberta, diz Fu, pode ajudar a finalmente compreender como os vaga-lumes desenvolveram a capacidade de se iluminar. Também é um trabalho importante porque esses insetos estão em declínio em todo mundo. Só nos Estados Unidos, 18 espécies estão ameaçadas de extinção, aponta a National Geographic.
Fonte: Um Só Planeta – Foto: Um Só Planeta