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Um novo motim em uma prisão no Equador, país em que desde fevereiro de 2021 ocorreram sete massacres prisionais, deixou ao menos 15 mortos e 20 feridos, nessa segunda-feira. A informação foi divulgada por Jorge Flores, vice-diretor do SNAI, estatal que administra as prisões no país.
– Infelizmente, há mortos, privados de liberdade que morreram e feridos – disse Flores à imprensa, ainda do lado de fora da penitenciária, localizada na região andina de Latacunga (Sul e capital da província de Cotopaxi).
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Flores informou que “pelo que sabemos, preliminarmente, o cidadão Leandro Norero estaria entre as vítimas”. Anteriormente, o SNAI havia relatado apenas seis feridos.
Norero, conhecido pelo pseudônimo “El Patrón”, foi preso em maio passado pelo suposto crime de lavagem de dinheiro, em uma operação que movimentou US$ 6,4 milhões, 24 barras de ouro, armas de fogo e munições. Supeito de ligação com o tráfico de drogas, Norero teria se tornado um dos chefes entre os internos.
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Flores acrescentou que socorristas atenderam cinco reclusos, que sofreram ferimentos, e que outro foi transferido para um sanatório, sem especificar a gravidade.
Drogas e crimes
As prisões equatorianas, com capacidade para cerca de 30 mil detentos, mas cujo número excede esse patamar, tornaram-se campos de batalha nos últimos anos, onde gangues ligadas ao narcotráfico disputam o poder.
Essa guerra também se estende às ruas de várias cidades equatorianas, como o porto de Guayaquil (Sudoeste), onde funciona um grande complexo prisional, com cerca de 13.100 detentos, e onde ocorreram os maiores massacres.
O Equador, com 18 milhões de habitantes, apreendeu um recorde anual de 210 toneladas de drogas em 2021, quando a taxa de homicídios quase dobrou para fechar com 14 assassinatos por 100 mil pessoas.
A nação, localizada entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, apreendeu cerca de 150 toneladas de drogas, até agora, este ano.
Em agosto, o governo iniciou um censo carcerário com o objetivo de melhorar as condições de vida diante da superlotação das prisões.
Fonte: Yahoo!