18 de setembro, 2024

Últimas:

Nova extinção em massa? Humanos aceleram em 35 vezes desaparecimento de espécies

Anúncios

Grupos de espécies animais estão desaparecendo a uma taxa 35 vezes superior à média histórica, e isso acontece devido à atividade humana, afirmam pesquisadores em um novo estudo. Para eles, os achados são uma evidência de que uma sexta extinção em massa na história da Terra pode estar em andamento.

Os cientistas analisam o ritmo em que espécies animais estreitamente relacionadas foram extintas nos últimos 500 anos. Acabaram descobrindo que tais animais teriam levado 18 mil anos para desaparecer na ausência dos humanos – e esse ritmo já acelerado deve ficar ainda mais intenso no futuro próximo.

Anúncios

Espécies extintas nesse período incluem os pássaros-elefante de Madagascar, os moa da Nova Zelândia e os Oó-de-kauai, ave endêmica do Havaí.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, descobriu que pelo menos 73 grupos de espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios foram extintos desde 1500. Se as tendências tivessem seguido as taxas médias de extinção do impacto pré-humano, seria esperado que dois grupos desaparecessem, estimaram os cientistas.

Anúncios

“As atuais taxas genéricas de extinção são 35 vezes superiores às taxas esperadas prevalecentes nos últimos milhões de anos sob a ausência de impactos humanos”, afirmam no estudo. Devido à destruição de habitats, à crise climática e ao comércio ilegal de vida selvagem, prevê-se que as perdas aumentem nos próximos anos.

A mais rara das subespécies de rinoceronte-negro, o rinoceronte-negro-ocidental foi reconhecido pela IUCN como extinto em 2011. (Foto: Jerzy Strzelecki / Wikimedia Commons)

A nova pesquisa concentra-se em “gêneros” de animais, em vez de espécies. Por exemplo, cavalos e zebras são do mesmo gênero, assim como cães e lobos. Os autores esperavam que os gêneros tivessem uma taxa de extinção menor do que as espécies individuais. Eles descobriram que eram semelhantes.

Em estudos anteriores, os autores, Gerardo Ceballos e Paul Ehrlich, descobriram que as espécies estão sendo extintas numa escala semelhante ao evento que exterminou os dinossauros, e alertam que tal cenário é uma ameaça à persistência da civilização humana.

Agora, o professor Ceballos, da Universidade Nacional Autônoma do México, que liderou a pesquisa atual, disse ao Guardian que os resultados foram piores do que ele esperava, embora ainda haja tempo para agir.

“Ao perder todos esses gêneros, estamos perdendo os alicerces do planeta para termos vida em geral e vida humana em particular. A combinação dos gases da atmosfera que nos permite ter vida no planeta depende de plantas, animais e organismos. As pessoas dizem que somos alarmistas ao dizer que esperamos um colapso. Somos alarmistas porque estamos alarmados”, disse ele ao The Guardian.

Embora a afirmação de que uma sexta extinção em massa esteja em curso ainda atraia contestações, uma avaliação da ONU de 2019 sobre a saúde do planeta revelou que 1 milhão de espécies estavam em risco de desaparecer devido às pressões humanas sobre o ambiente.

Ben Garrod, professor de biologia evolutiva e envolvimento científico na Universidade de East Anglia, e que não participou do estudo, disse que o alerta deve ser levado a sério.

“A própria estrutura à qual toda a natureza – incluindo a nossa própria espécie – adere está em sério perigo. Com as taxas de extinção de toda uma gama de espécies e grupos de espécies sendo muito mais altas do que normalmente esperaríamos, é difícil entender por que os governos globais, as principais empresas e o público em geral não estão fazendo todo o possível para mitigar esta perda devastadora”, disse ele.

Fonte: Um Só Planeta

Talvez te interesse

Últimas

Anúncios Textron Aviation today announced customers can now upgrade their Cessna Citation XLS+ and Citation XLS Gen2 aircraft with the...

Categorias