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Uma nova “caixa misteriosa” foi encontrada por mergulhadores do projeto Coral Vivo, perto da Ilha Siriba, no Arquipélago de Abrolhos, que fica na região sul da Bahia. O caso aconteceu no domingo (31).
Os mergulhadores tiveram dificuldade para conseguir retirar o objeto do mar. Eles utilizaram roldanas e botes infláveis.
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O projeto Coral Vivo informou que o material foi condicionado em um local seguro e irá passar por perícia e estudos.
Segundo os mergulhadores do projeto, a caixa é semelhante aos fardos de borracha que foram encontrados no litoral da Bahia neste ano.
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As primeiras caixas encontradas em Salvador foram vistas em 2 de agosto, na praia do Flamengo. Outros materiais da mesma natureza apareceram também nas praias de Amaralina e nas regiões de Jauá (em Camaçari) e Costa do Sauípe (em Mata de São João), na região metropolitana.
À época, a Marinha informou que os pacotes têm sido encontrados no litoral do Nordeste desde 2018 e não foi registrado nenhum acidente náutico que justificasse o aparecimento dessas caixas. Segundo o órgão, o material não tem características poluentes.
De acordo com o oceanógrafo Carlos Teixeira, pesquisador do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), o material pertence a um navio nazista alemão afundado no mar há mais de 80 anos.
Fardos de navio nazista
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revelou que as “caixas misteriosas” que apareceram em praias da Bahia, Alagoas e Sergipe, em agosto deste ano, são fardos de borracha de um segundo navio nazista, o MV Weserland.
Isso porque, no início do ano, o grupo revelou que as “caixas misteriosas” que apareceram nas praias do Nordeste do Brasil em 2018 eram fardos de borracha que se haviam soltado de um navio Alemão, o SS Rio Grande, naufragado pelos americanos ao largo da costa do Brasil em janeiro de 1944.
Segundo informações do oceanógrafo Carlos Teixeira, que é pesquisador no Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da UFC, o material estaria afundado no mar há 77 anos.
Desde 2018 esses fardos seguem aparecendo em algumas praias. A priori, os pesquisadores do Labomar acharam que podia tratar-se dos fardos do SS Rio Grande, que continuam aparecendo em algumas praias da região.
No entanto, de acordo com Carlos Teixeira, duas coisas chamaram a atenção: a enorme quantidade de fardos reportada (mais de 200) e o fato de que em alguns deles constavam as inscrições gravadas em ideograma japonês, o kanji (o que não tinha sido visto até então).
Fonte: G1