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Os crimes de violência sexual não param de ocorrer em Botucatu. Confome dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, no primeiro trimestre de 2019 foram registrados 19 casos de violência sexual contra menores ou pessoas vulneráveis (deficientes mentais e idosos) em Botucatu. Entre mulheres adultas foram oito casos registrados, no mesmo período.
Em função destes números, diversas ações estão sendo tomadas para tentar reduzir os índices. A ação das forças de segurança, assistentes sociais e médicos é intensa. A Secretaria Municipal de Segurança chegou a criar a “Patrulha Maria da Penha”, na GCM da Cidade.
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Nas últimas semanas foram realizadas ações na Câmara Municipal, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e na Faculdade de Medicina da Unesp, além de ações comunitárias de voluntários em bairros periféricos, mas, mesmo assim, esse tipo de crime não para de ser praticado.
Para tentar ampliar a conscientização das mulheres, no próximo dia 11 de junho a Câmara Municipal vai apresentar um balanço das atividades realizadas no mês de maio, na campanha Nacional de Combate à Violência Sexual e Exploração Infantil, e apresentar ações pontuais.
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Participarão do encontro, na Câmara Municipal, profissionais que atuam na Justiça, Polícia, Assistência Social, Saúde e Educação, entre outros convidados do Poder Legislativo, conforme adiantou a vereadora Alessandra Lucchesi, que vai presidir a reunião.
Na semana passada, a Faculdade de Medicina da Unesp e o HCFMB lançaram uma campanha para conscientizar as pessoas, defendendo a denúncia nos órgãos de segurança e a procura de tratamento adequado, tanto físico como psicológico.
Atendimento clínico e psicológico
A psicóloga Cristiane Chiloff, da Equipe Multiprofissional do HCFMB, destacou, após o lançamento de uma campanha do hospital contra a violência sexual, que as crianças e adolescentes são as maiores vítimas desse tipo de crime. Ela lamentou também o fato de muitas famílias e mulheres não registrarem os crimes.
“A quantidade de estupros e violência contra mulheres e crianças é muito maior do que as estatísticas demonstram. A campanha do HCFMB tem como objetivo estimular as mulheres e as famílias a denunciarem mais e procurar ajuda nas instituições de segurança e de saúde”, explicou.
O entendimento no meio clínico e de segurança é de que a maioria das vítimas, por temer mais violência do companheiro ou o isolamento familiar, acaba não registrando as violências sexuais, prejudicando inclusive o tratamento clínico ou psicológico. “Existem doenças sexuais que podem ser transmitidas para as mulheres, a gravidez devido ao abuso e marcas psicológicas que precisam ser investigadas e tratadas”, ressalta.
Em Botucatu, para fazer a denúncia, ligue: 199 (GCM). O número do Disque Denúncia Nacional é 100.
Haroldo Amaral Jornal Leia Notícias – Foto Ilustrativa