28 março, 2024

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Niqabs e cadáveres de extremistas na estrada de Raqqa

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Niqabs abandonados pelas mulheres em sua fuga do reduto do grupo Estado Islâmico (EI) (Foto: Reprodução)

Na estrada de Raqqa há cadáveres de extremistas e dezenas de véus pretos esparramados. São os niqabs abandonados pelas mulheres em sua fuga do reduto do grupo Estado Islâmico (EI), cada vez mais encurralado por uma aliança de combatentes árabes e curdos.

As Forças Democráticas Sírias (FDS) são compostas por árabes e curdos apoiados pela aviação da coalizão internacional sob o comando americano. Se encontram em Mazraat Teshrin, a apenas 17 km de Raqqa, e em algumas áreas a somente 10 km do reduto extremista.

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“A maioria das mulheres tira as abayas [véus] e os niqabs quando chegam a nossas posições”, conta à AFP um combatente, que pediu para permanecer sob anonimato. “Algumas os pisoteiam”, acrescenta.

Ahmad se sente sortudo por ter escapado há dois dias de Raqqa, apesar das medidas brutais impostas pelo EI para impedir a fuga de seus habitantes.

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“O Daesh [acrônimo árabe do EI] usa os civis como escudos para se proteger. Fugimos em grupo, mas alguns atiradores de elite emboscados mataram dois de nós”, declara.

Nas últimas semanas, milhares de civis fugiram de Raqqa e de locais próximos, enquanto o cerco se aperta sobre a “capital” síria do EI, situada no norte do país e alvo de uma ofensiva das FDS.

Extremistas a um quilômetro

Em Mazraat Teshrin, os combatentes das FDS obstruíram um túnel utilizado, segundo eles, por extremistas para se refugiarem dos ataques da coalizão internacional e para transportar munições.

Nos arredores da aldeia, outros empilham sacos de areia para cortar a passagem de possíveis carros-bomba e se proteger dos atiradores de elite do EI. Há extremistas a menos de um quilômetro de suas posições.

As FDS lançaram sua ofensiva contra Raqqa em novembro de 2016, um mês depois do feito pelas tropas iraquianas contra Mossul, o outro reduto do “califado” autoproclamado pelo EI em 2014 no país vizinho.

No acostamento da estrada jazem corpos de supostos combatentes do EI, junto a veículos carbonizados que mostram a dureza dos combates na zona.

Os ataques da coalizão internacional “mataram a maior parte dos extremistas que estava aqui. Os outros morreram durante nossas operações”, declarou à AFP um combatente das FDS.

Segundo ele, “o EI perdeu grande parte de sua capacidade de defesa. Os combates já não são muito intensos”.

Apesar da crescente pressão contra seus redutos, os extremistas conseguem cometer atentados sangrentos em outros locais. Na terça-feira causaram a morte de pelo menos 46 pessoas em vários ataques suicidas perto de um campo de refugiados no noroeste da Síria.

Apoio da coalizão

As FDS se encontram a somente oito quilômetros da cidade de Raqqa e a estão rodeando, para preparar a ação final, afirma seu porta-voz, Talal Sello.

“Nossas tropas se aproximam cada vez mais de Raqqa e o número de militares e de conselheiros da coalizão internacional não para de aumentar”, disse à AFP.

Os Estados Unidos enviaram 900 homens à Síria para ajudar, formar e assessorar estes combatentes curdos e árabes, além de uma unidade de artilharia dos Marines.

Ahmad al-Hasan, um comandante local das FDS, assegura que a coalizão lhes “forneceu armas especiais, entre elas artilharia, tanques e mísseis antitanque”.

Como muitos de seus combatentes, ele usa turbante para se proteger da poeira, se precavendo de uma tempestade de areia anunciada.

O objetivo das FDS é “liberar completamente” o reduto extremista em coordenação com a coalizão, afirma Ahmad al-Hasan. E é incisivo: Raqqa “será apenas de seus habitantes”.

 

Fonte: Yahoo!

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