05 maio, 2024

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Nióbio: O que é o tal do metal que Bolsonaro tanto fala?

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O nióbio é uma das grandes obsessões do presidente Jair Bolsonaro. Durante sua última live, em Osaka, o presidente até mostrou joias e talheres feitos do material. Mas afinal, o que é o tal do nióbio?

“O nióbio é um metal de transição, que tem propriedades interessantes. Na área industrial, ele é usado em ligas refratárias que aguentam temperaturas muito altas. Além disso, misturado ao aço garante mais força e resistência, explica o professor Leandro Tessler, do Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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O nióbio é usado como elemento de liga em aços e em aplicações como turbina de avião, implantes ortopédicos, marca-passos, aparelhos de ressonância magnética, baterias de carros elétricos e até viadutos. E o Brasil tem uma das maiores reservas do mundo.

O que é o nióbio?

Apesar de descoberto em 1801, apenas em 1949 foi reconhecido como elemento químico.

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Os estados de Minas Gerais (cidades de Araxá e Tapira), Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Presidente Figueiredo) e Goiás (Catalão e Ouvidor)concentram as maiores reservas no país. Porém, a exploração ocorre em Araxá e Goiás.

Só em Araxá há ao menos 842 milhões de toneladas disponíveis do nióbio.

Como é utilizado de aditivo na produção do aço, o material possui alguma concorrência, como o molibdênio e vanádio, ambos com propriedades semelhantes.

Valor do nióbio

O preço do nióbio está entre US$ 40 e US$ 50 o quilograma. Para comparar, 1 quilo de ouro custa, em média, US$ 41,8 mil. Ou seja, mil vezes mais.

“Aumentar o preço do nióbio no Brasil pode provocar a entrada de outros países no mercado. Hoje, no Brasil, 90% do nióbio é para a produção de aço de alta qualidade. Para novas aplicações, o desejável é investir em pesquisa”, avalia o professor da Unicamp.

Pepita de nióbio (Foto: Getty Images)
Pepita de nióbio (Foto: Reprodução)

O Brasil é líder na exportação do metal. O país concentra 98,2% das reservas. Em Araxá, a maior jazida é operada pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), empresa controlada pela família Moreira Salles, uma das acionistas do banco Itaú.

O presidente e o nióbio

Bolsonaro é hoje o maior entusiasta da multifuncionalidade do nióbio. Na sua transmissão no Facebook dessa semana, o presidente exibiu no vídeo um cordão azul comprado no Japão para exemplificar a utilidade do metal. E destacou que custou caro, mostrando a nota fiscal.

Para ele, o fato de estar no Brasil a maior reserva do metal do mundo e o fato das peças vendidas lá fora custarem acima do ouro são um potencial e poderiam ajudar na economia do país.

Joias de nióbio

O professor da Unicamp explica o porquê de sua aplicação na fabricação de bijuterias, como as mostradas por Bolsonaro.

“O nióbio produz óxidos com cores diferentes, como azul, violeta, amarelo e verde. Por isso, essa probabilidade de ser usada em bijuterias”.

Impacto ambiental

Há reservas ainda não exploradas localizadas no Amazonas, localizadas em São Gabriel da Cachoeira e Presidente Figueiredo.

Como toda exploração mineral, há possibilidade de desmatamento e desequilíbrio ecológico com a criação de novas minas.

O minério, em si, não apresenta grandes riscos ao meio ambiente.

Fonte: Yahoo!

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